O governo dos Estados Unidos impôs sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizando a Lei Global Magnitsky — instrumento reservado a casos graves de corrupção e violações de direitos humanos. A medida marca a primeira vez que um juiz brasileiro é alvo dessa legislação e foi formalizada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA.
A decisão gerou forte reação no Brasil. O presidente Lula classificou a ação como uma interferência inaceitável no Judiciário brasileiro, enquanto o STF reiterou a legalidade das decisões de Moraes, principalmente no processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações conduzidas por Moraes apontam, entre outros pontos, um plano para assassinato de autoridades públicas.
Segundo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, Moraes é acusado de censura, prisões arbitrárias e politização da Justiça. O governo brasileiro, por sua vez, entende que as sanções têm motivação política e visam desestabilizar o cenário interno do país.
O episódio intensifica a crise diplomática entre Brasil e EUA, que já registrou outras sanções recentes, como tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, suspensão de vistos e ameaças de novas punições por laços comerciais com a Rússia.
A repercussão internacional, com destaque para veículos como The New York Times, aponta que a tensão entre os governos de Donald Trump e Lula pode se agravar nos próximos meses, impactando diretamente relações econômicas e políticas entre os países.
Com informações da BBC.