O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, foi condenado a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, em decorrência de envolvimento no escândalo de corrupção da Odebrecht. A sentença foi proferida nesta terça-feira, 15 de abril de 2025, pela Justiça peruana, após uma investigação que revelou o recebimento de recursos ilegais para financiar as campanhas presidenciais de 2006 e 2011.

De acordo com o tribunal, Humala e sua esposa, Nadine Heredia, receberam milhões de dólares da construtora brasileira Odebrecht e do governo venezuelano de Hugo Chávez, destinados a financiar suas campanhas eleitorais. Humala, que governou o Peru entre 2011 e 2016, negou as acusações, classificando-as como perseguição política, mas a Justiça considerou provas suficientes para a condenação.
Humala foi detido na sala de audiências ao final do julgamento, enquanto Heredia, que não compareceu ao tribunal, teve a prisão decretada e será encaminhada a uma penitenciária. Ambos terão que cumprir suas penas até julho de 2039, considerando o período de prisão preventiva que já cumpriram.
Esta condenação faz de Humala o segundo ex-presidente peruano a ser condenado por corrupção relacionada à Odebrecht, após Alejandro Toledo, condenado em 2024. Outros ex-mandatários, como Alberto Fujimori e Pedro Castillo, também estão envolvidos em investigações de corrupção no país.
A sentença reforça o impacto do escândalo de corrupção da Odebrecht na política peruana, que desde 2016 tem sido marcada por investigações e condenações de diversos líderes políticos por recebimento de propinas e financiamento ilegal de campanhas. O caso de Humala evidencia a persistência das investigações e o aprofundamento dos desdobramentos do maior escândalo de corrupção da história da América Latina.