A Colômbia enfrenta um novo agravamento da violência após dois ataques quase simultâneos nesta quinta-feira (21). Em Cali, explosões próximas à Base Aérea Marco Fidel Suárez deixaram ao menos seis mortos e 65 feridos, segundo autoridades locais. Já em Amalfi (Antioquia), o abate de um helicóptero policial resultou na morte de 12 agentes.

O presidente Gustavo Petro atribuiu os atentados a dissidências das Farc e ao Estado-Maior Central (EMC), embora nenhum grupo tenha assumido a autoria. A escalada ocorre em meio a críticas crescentes à política de “paz total”, que busca negociar com facções armadas, mas vem sendo questionada pela oposição diante da percepção de aumento da insegurança.
Nos últimos meses, Vale do Cauca e Cauca se consolidaram como epicentros de ataques, reforçando o domínio de grupos ilegais que disputam território e economias ilícitas. O episódio se soma a outras crises recentes, incluindo confrontos em regiões estratégicas e o assassinato de um senador oposicionista, intensificando o debate político às vésperas das eleições de 2026.
A escalada da violência reacende memórias de períodos mais sombrios da história colombiana e pressiona o governo a mostrar resultados concretos em segurança.