Facções criminosas têm expulsado pequenos provedores de internet de diversas comunidades brasileiras, assumindo o controle do fornecimento de internet de maneira ilegal. O crime organizado, que se tornou um dos negócios mais lucrativos do país, utiliza extorsão, ameaças e até ataques violentos para dominar o setor. No Rio de Janeiro, Pará e Ceará, empresas legais enfrentam dificuldades, com ações que vão desde o incêndio de veículos até a cobrança de pedágio das operadoras.
Desde o ano passado, mais de 120 investigações foram abertas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A polícia segue em busca de grupos que instalam redes ilegais e impedem a atuação de empresas autorizadas, com destaque para facções como o Terceiro Comando Puro (TCP), que ameaçam técnicos de provedor e exigem a obediência a suas ordens.
O domínio criminoso não se limita ao Sudeste. No Pará, o Comando Vermelho tem intimado provedores de internet, enquanto no Ceará, mais de 13 ataques em seis semanas resultaram no fechamento de 15 empresas e deixaram 16 mil moradores sem conexão. Esses ataques comprometem não apenas a segurança dos negócios, mas também a integridade da segurança digital, já que as redes clandestinas podem ser usadas para espionagem, golpes e distribuição de vírus.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as autoridades locais estão em alerta. A Anatel, que supervisiona mais de 20 mil provedores no Brasil, se comprometeu a apoiar as investigações e ajudar na identificação dos responsáveis. Para a associação do setor, o avanço dessa prática criminosa é um risco para a segurança nacional, e o combate deve ser acelerado para evitar a propagação do problema em outras regiões.
Com informações do g1.