Falando sobre comportamentos | O Democrata

 

O ser humano é gregário por natureza, e, a não ser nos casos doentios de comportamento, ele procura viver em companhia de outras pessoas, mesmo porque, em conjunto, é mais fácil superar as adversidades que o meio ambiente ou a própria vida impõe. A família é o mais alto grau dessa união, e ela propicia uma ligação mais forte entre os indivíduos, fazendo com que seus integrantes partilhem a convivência de forma mais profunda, e se ajudem entre si em prol do bem comum.

A preservação da espécie é uma força da natureza que está presente em todos os seres vivos, e, no homem, ela se manifesta em sentimentos que já estão presentes em seu mecanismo psíquico, desde sua origem. Um desses quesitos que fazem parte do comportamento da pessoa normal é a solidariedade, ou a disposição em ajudar aquele que esteja precisando de alguma coisa. Essa força é tão forte, que mesmo aquele que é egoísta em extremo sente lampejos em prestar alguma ajuda por menor que seja. Diversas nuances do nosso comportamento são provindas do instinto animal, e não de desenvolvimento ou convenções sociais.

Desmond Morris, em sua obra intitulada “O macaco Nu”, editada em 1967, faz um apanhado científico contemplando o comportamento do primata com o do homem moderno, e as conclusões são em alguns pontos humilhantes, uma vez que mostram o quanto temos em nosso jeito de ser, traços dos símios. Se o homem veio ou não do macaco, não cabe aqui essa discussão, mas, o importante, é que há algumas semelhanças entre os dois. Por que as mulheres pintam os lábios, a mania que temos de nos coçar, ou os trejeitos do homem em busca de uma mulher, são tópicos abordados pelo autor, que questionam a nossa pretensa posição de superioridade.

Porém, o homem, em seu frenético desejo em possuir, construiu para si um sistema de vivência que transformou sua vida em pura competição de ganhos. Ter cada vez mais, faz parte do comum da humanidade, não importando a qual regime social pertença.

A luta pela sobrevivência nos sistemas sociais, em que a corrida contra o tempo faz parte do cotidiano, faz com que as pessoas se tornem agitadas e insensíveis aos valores que no passado eram mais presentes. Com isso, a generosidade perdeu espaço, o cavalheirismo entrou em decadência, e a solidariedade praticada apenas em ocasiões especiais.

Precisamos resgatar os valores que nos enobrecem e fazem de nós seres em maior sintonia com as forças cósmicas, as quais permitirão que continuemos nossa jornada em direção à luz.

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