Em uma série de ações cirúrgicas e de inteligência realizadas em pouco mais de uma semana, Israel conseguiu neutralizar quase 3 mil membros do Hezbollah, incluindo toda a cúpula do grupo terrorista, por meio de detonações remotas de pagers e rádios. O Exército de Israel também anunciou, neste sábado, 28, a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano. A ofensiva foi vista como um golpe sem precedentes contra a organização.
Além disso, Israel confirmou a morte de Ahmad Muhammad Fahd, comandante das operações do grupo extremista Hamas no sul da Síria. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), Fahd estaria planejando um ataque iminente.
O Hamas, por sua vez, já havia perdido outras figuras importantes ao longo do conflito contra Israel. O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto no final de julho em Teerã, no Irã, e substituído por Yahya Sinwar, considerado o “arquiteto” dos ataques de 7 de outubro do ano passado contra Israel. No último dia 16, Sinwar declarou, por meio de uma carta, que o Hamas estaria preparado “para uma longa guerra de desgaste” contra Israel.
A morte de Hassan Nasrallah foi confirmada após ataques ao quartel-general da organização em uma periferia da capital libanesa, Beirute. Durante anos, Nasrallah viveu escondido e raramente fazia aparições públicas, sendo considerado uma figura central na condução do Hezbollah e nas operações militares do grupo contra Israel.
Com essas ações, Israel demonstra mais uma vez sua capacidade de executar operações de alto impacto contra líderes de grupos extremistas, reafirmando seu papel na defesa estratégica contra o terrorismo na região. A neutralização de figuras chave do Hezbollah e Hamas representa um duro golpe à estrutura e ao planejamento de futuras ações desses grupos no Oriente Médio.