O uso combinado de azitromicina e hidroxicloroquina começou a ser testado em pessoas que apresentaram os sintomas mais graves causado pelo COVID-19. As medicações foram usadas em pacientes da rede particular Prevent Senior. Pacientes que entraram na terapia e estavam já em entubação apresentaram melhora e alguns já foram extubados. Da mesma maneira, mais de 50 pacientes positivos que internaram, iniciaram o tratamento ainda experimental.
Batista Júnior, médico e diretor-executivo da rede hospitalar explicou ao site O Antagonista, que a maior parte dos pacientes apresentavam comprometimento de até 25% da capacidade respiratória e, em outros, o dano já era superior (entre 25% e 50%). Além de febre, eles apresentavam dispneia – dificuldade de respirar.
“O problema da Covid-19 é que os primeiros sintomas ocorrem já no pico máximo da inflamação. A gente introduz a hidroxicloroquina para conter essa ‘tempestade inflamatória’ no organismo. O que ela faz? Eleva o pH do meio celular e impede que a membrada do vírus possa se acoplar à membrana da célula saudável e jogar para dentro dela todo o seu RNA, e a partir daí se replicar”, disse.
Isolamento é importante
O médico também alerta para a necessidade de manter o isolamento social, essencial para evitar o aumento do contágio. “O tratamento com a hidroxicloroquina tem se mostrado extremamente animador, mas o que mais tem controlado a entrada de pacientes no hospital é a quarentena. Nesse momento, é fundamental que a gente não tenha uma superlotação, o que poderia comprometer a própria capacidade de tratarmos todos.”
A população brasileira ainda está se contaminando e não se sabe qual será o cume da curva epidêmica. Muitas medidas já flexibilizam a quarentena nos próximos 15 dias, o que é considerado perigoso pelo médico. Batista Júnior dá como exemplo a exposição de mais de 600 mil idosos na primeira semana de vacinação da gripe comum. “O que aconteceu no dia de ontem? Um aumento de 42% nas internações de idosos que contraíram o vírus na segunda-feira.”
O médico corrobora que o grupo de maior risco é formado por idosos acima de 80 anos, com alguma doença pré-diagnosticada, como hipertensão, diabetes etc, mas também realizou esse tipo de tratamento com hidroxicloroquina em pacientes jovens e saudáveis, entre 20 e 50 anos.
(Via O Antagonista)