Com a rápida evolução das tecnologias, o cargo de gestor de Inteligência Artificial (IA) se consolida no mercado brasileiro como uma função estratégica para empresas que desejam se manter competitivas na transformação digital. A profissão, originada nos Estados Unidos, tem ganhado força em solo nacional impulsionada pelo aumento no uso de IA em diversos setores e pela necessidade de alinhar tecnologia às metas de negócio.

O que faz um gestor de IA?
Mais do que entender de tecnologia, o gestor de IA atua como ponte entre inovação e estratégia, conectando soluções inteligentes às operações da empresa. Esse profissional é responsável por aplicar ferramentas como machine learning, NLP, visão computacional, chatbots e RPA, otimizando processos e garantindo eficiência sem perder o foco no valor humano.
Segundo Mateus Miranda, CIO do Grupo IRRAH, esse novo papel exige uma visão ampla: “Ele transforma as ferramentas de IA em soluções práticas e está sempre atento ao mercado global para manter a empresa competitiva”, afirma.
Profissão em alta: dados que comprovam a tendência
De acordo com uma pesquisa da McKinsey, 72% das empresas ao redor do mundo já utilizam tecnologias de IA – crescimento significativo em relação aos 55% registrados no ano anterior. Além disso, 65% das organizações aumentaram seus orçamentos para IA, reforçando a urgência de contar com profissionais capacitados.
No Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) projeta um crescimento de 150% na demanda por especialistas em IA ainda em 2025, motivado pela adoção acelerada da tecnologia e pela necessidade de desenvolver sistemas mais inteligentes e integrados.
Habilidades essenciais do gestor de IA
O cargo exige domínio técnico e visão estratégica. Veja as principais competências buscadas pelas empresas:
- Machine Learning: algoritmos que aprendem com dados e automatizam decisões.
- Chatbots e assistentes virtuais: atendimento automatizado e disponível 24/7.
- Análise preditiva: antecipa comportamentos e tendências com base em dados históricos.
- Processamento de Linguagem Natural (NLP): interpretação da linguagem humana por sistemas.
- Visão Computacional: análise automatizada de imagens e vídeos.
- RPA (Automação de Processos Robóticos): automação de tarefas repetitivas.
- IoT (Internet das Coisas): dispositivos conectados coletando dados em tempo real.
- Recomendações personalizadas: algoritmos que ajustam ofertas com base no comportamento do usuário.
Uma função que vai além da tecnologia
O gestor de IA não substitui o papel humano – ele o potencializa. Sua missão é integrar inteligência artificial ao dia a dia da empresa, respeitando o olhar humano nas decisões críticas e garantindo que a tecnologia esteja a serviço de pessoas e resultados reais.
A expectativa é que, até 2025, 97 milhões de novos empregos ligados à IA sejam criados globalmente, segundo o Fórum Econômico Mundial. Com isso, investir em formação e qualificação nessa área deixou de ser tendência e passou a ser uma necessidade estratégica para empresas e profissionais.