O grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, comprou por cerca de R$ 3 bilhões a participação da Eletrobras na Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares brasileiras. O anúncio coincidiu com um despacho do Ministério de Minas e Energia, que determinou um novo estudo sobre o futuro de Angra 3 — obra paralisada há dez anos.

O governo estuda três cenários: retomar as obras com recursos da própria Eletronuclear, concluir o projeto com apoio da União ou abandonar de vez a construção.
Parada desde 2015, Angra 3 custa R$ 1 bilhão por ano à estatal, e sua indefinição preocupa órgãos de controle e o setor elétrico. Se concluída, a usina poderá gerar 1.405 MW, energia suficiente para abastecer 4,5 milhões de pessoas.
No mercado, o negócio foi bem recebido: as ações da Eletrobras subiram mais de 3% na B3, refletindo expectativa positiva sobre o futuro do programa nuclear brasileiro.