João Foca completa 95 anos de vida e comemora os 96 anos da fundação da São Luiz – O Democrata

Na semana passada, João Cherubini comemorou dois aniversários. Na quinta-feira (26 de junho), completou 95 anos de vida e, no sábado (28), lá estava ele novamente apagando velhinhas. Desta vez, pelos 96 anos da São Luiz Casa e Construção — onde caprichou tanto no assopro que até derrubou uma das velas. Aliás, fôlego nunca faltou para o menino que, de tanto nadar nos rios, ganhou o apelido de João Foca. “Quando chovia, eu descia o rio nadando desde a Rua Pedro Vaz até o Bairro Guaçú. Nadava igual um anjinho, nado cachorrinho. As pessoas diziam: ‘Como ele vai longe! Parece uma foquinha nadando’”, recorda.

Primeiro veio a paixão pelo futebol brincando nas ruas e no campo do São Bento. “Pra valer” foi no São Roque Atlético Clube, jogando de lateral-esquerdo ou na zaga. Depois vieram o São Bento (o grande rival do Atlético), o Paulistano e o Grêmio, onde ficou por 16 anos. Jogou com Zizi (José de Abreu, hoje com 96 anos e um dos fundadores do Grêmio União Sanroquense), José Compagnoni (Zé Galinha), Taufik Elias Fandi, Zeca Pintor, Motorzinho… Mesmo atuando na defesa, foi expulso apenas uma vez. Naquele dia, deixou o campo e foi sentar-se na torcida, ao lado da namorada Lourdes Baldichi — a parceira de vida com quem está casado há 69 anos e com quem teve as filhas Eliane, Solange e Patrícia.

A ligação com a São Luiz começou quando João tinha apenas 15 anos, na marcenaria localizada na Rua Rui Barbosa, 155. “Era uma carpintaria com bastante maquinário, que fazia portas, janelas e caixilhos. Começou com os irmãos Luiz e Rafael Nastri. Depois ficou com o Luiz, que passou o comando para o filho Quinzinho (Joaquim Nastri)”, comenta. Foram tantos anos de dedicação que João colaborou de forma decisiva para o crescimento da empresa, que deixou de ser apenas marcenaria e carpintaria para vender também materiais de construção, ampliando os negócios na Avenida Brasil — que, naquele tempo, era uma região com pouco movimento e poucas ruas. “Tanto é que no local tinha um barro bom para fazer tijolo”, cita.

Além do trabalho na carpintaria, era ele quem abria a São Luiz — um ritual que manteve até o início da pandemia de 2020. “Antes das sete horas, eu já estava lá. Recebia os primeiros clientes, os funcionários que iam entrando.” Anos depois, com o fechamento da carpintaria, passou a ficar na loja, atendendo a todos com muita simpatia. “No comércio é preciso ter honestidade, sem enganar o cliente. Quem trabalha, trabalhou ou ainda vai entrar na São Luiz tem que ter a cabeça erguida, com a honestidade em primeiro lugar, sabendo que vai entregar o prometido na hora da venda.”

Torcedor do Corinthians, João estava na noite de 13 de outubro de 1977, no Morumbi, no terceiro jogo da final do Campeonato Paulista, quando o Timão saiu de uma fila de 22 anos. Viu o gol de Basílio ao lado do contador José Roberto Rios.

Festeiro de São Roque 1979
João Foca participou de atividades na Igreja da Matriz, sendo congregado mariano. Até que foi surpreendido, no final da Festa de São Roque de 1978, com a escolha para ser festeiro do padroeiro. “Ninguém falou comigo antes, tanto que, quando o anúncio foi feito eu já estava em casa e foram me avisar. Estava muito frio, coloquei o capote e voltei para a praça, porque no dia seguinte tinha que desmontar as barracas.” João e a esposa Lourdes foram festeiros ao lado do casal Júlio Soares do Prado e Ivanilde Ignez Brossa Soares do Prado. “O momento da procissão de São Roque foi o mais tranquilo, porque tudo o que tinha que ser feito já estava pronto.”

Vander Luiz

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