Leishmaniose visceral | O Democrata

 

Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi.

É uma doença de grande importância em todo o Brasil e diversos países (cerca de 80) e infelizmente nossa região começou a ter casos positivos em cães.

Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa pelo número de cães que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.

Pessoas e animais que moram em regiões próxima à matas ficam mais expostas ao contágio pelo maior risco de serem picados pelo mosquito (o mosquito mora em áreas de mata mas pode se distanciar até 3 km para se alimentar).

A doença não se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.

Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses, tanto nos humanos quanto nos animais.

Os principais sintomas da leishmaniose visceral em humanos são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos. Pode deixar graves sequelas principalmente em crianças além do risco de morte.

Nos cães os sintomas são variados e incluem perda de peso, lesões de pele, seborreia, febre, fraqueza, perda de apetite, hemorragias, crescimento exagerado de unhas dentre outros, ou seja, os sintomas podem confundir com diversas doenças. Vale ressaltar que os animais portadores assintomáticos (sem sintomas) e os sintomáticos sem tratamento adequado funcionam como reservatório para a doença, aumentando o risco de proliferação da doença.

O único meio de prevenção para humanos é o uso de repelentes, no caso dos cães a prevenção é feita através de vacina e coleiras repelentes.

O tratamento dos animais foi liberado recentemente, possui um custo elevado e necessita de monitoramento para o resto da vida.

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