A recente aproximação entre Lula e Donald Trump movimentou os bastidores políticos no Brasil e nos Estados Unidos. O presidente brasileiro realizou duas conversas com o líder americano em menos de um mês, sinalizando uma reaproximação diplomática e surpreendendo aliados de ambos os lados.

Entre bolsonaristas, o gesto foi interpretado como um “bypass” em Eduardo Bolsonaro, que vive há meses nos EUA tentando consolidar sua influência junto ao governo Trump, mas sem sucesso em obter uma audiência direta com o republicano. O grupo avalia que o petista rompeu o monopólio de interlocução que Eduardo buscava manter com o ex-presidente americano.
Nos EUA, diplomatas observam que o diálogo entre Lula e Trump ocorre em meio à complexa relação comercial entre os países, marcada por tarifas impostas durante o governo anterior e pela recente condenação de Jair Bolsonaro, que ficou de fora das conversas.
O silêncio de ambos os líderes sobre o ex-presidente foi considerado sintomático de um novo equilíbrio político, indicando possível cautela da Casa Branca em relação à eleição brasileira de 2026. Para analistas, o movimento reflete uma tentativa de Lula em reposicionar o Brasil nas negociações internacionais, ao mesmo tempo em que desafia a influência bolsonarista nos Estados Unidos.