Mel: alimento mais conhecido desde a antiguidade-O Democrata

Desde a antiguidade, o mel é usado tanto como alimento quanto como remédio. Na Mesopotâmia, uma tábua de argila datada de 2000 a.C. traz uma receita para feridas do corpo: “Moer até que a areia do rio vire pó e amassar com água e mel, azeite puro e óleo de cedro e aplicar quente.” Poucos compostos naturais são reconhecidos como produto terapêutico há tanto tempo na história da humanidade.

Elaborado a partir do néctar das plantas, o mel carrega inúmeras propriedades medicinais, nutricionais e cosméticas. Esse rico alimento possui ações antimicrobianas, probióticas, antioxidantes e energéticas, além de vitaminas e minerais. As propriedades que encontramos no mel podem variar conforme o clima, condições do solo e espécies de abelha e floradas existentes na região onde é produzido.

Nosso intestino possui bactérias naturais benéficas para seu funcionamento correto e, manter o equilíbrio do que chamamos de microbiota intestinal ou flora intestinal, é importante para evitar constipações e desconfortos. O mel pode ser um importante aliado neste funcionamento intestinal, controlando os níveis de microrganismos e auxiliando no bom funcionamento do corpo.

Por ser rico em antioxidantes, como ácidos fenólicos, os flavonoides e os carotenoides, o mel é um alimento que contribui para a diminuição dos radicais livres e assim protege o DNA das células, e também contribui para uma pele mais bonita e saudável. Com certeza os benefícios do mel de abelha podem ser obtidos através da alimentação, logo, também é comum encontrarmos seu uso em cosméticos e produtos de beleza. Pesquisas também indicaram ação cicatrizante, podendo ser usados em caso de feridas, queimaduras e feridas na pele.

Na alimentação, o mel pode ser utilizado diariamente como uma substituição saudável ao açúcar refinado na preparação de bolos, tortas, biscoitos, entre outros doces. Também é interessante consumi-lo com torradas, frutas, iogurtes, sucos e até mesmo em receitas com carnes. É também uma ótima opção de fonte de energia para a prática de esportes, podendo assim ser consumido até mesmo puro em pré e pós treinos. Embora seja um produto natural com inúmeros benefícios, em contrapartida, o mel também apresenta contra indicações, como por exemplo, para crianças menores de 1 ano de idade e diabéticos. Recomendamos sempre a consulta de um nutricionista para mais informações. Vamos conhecer alguns tipos de mel:

  • Mel Silvestre: É o mel mais popular no Brasil. Originário da polinização de diversas flores, justamente por isso pode sofrer variações sutis de cor e sabor. Tem efeito antioxidante e pode auxiliar no funcionamento das vias respiratórias, ainda com potenciais efeitos benéficos para a pele.
  • Mel de Laranjeira: Mel claro e de aroma suave, tem forte produção nos estados de São Paulo e Minas Gerais. É reconhecido como tranquilizante natural e auxilia na melhora do funcionamento do intestino.
  • Mel de Eucalipto: Produzido nas regiões Sul e Sudeste, o mel de eucalipto apresenta uma coloração mais escura e tem um sabor refrescante. É muito utilizado para auxiliar no tratamento doenças respiratórias como tosses, resfriados e irritações na garganta, por causa de sua ação expectorante.
  • Mel de Cipó-Uva: Outro tipo muito utilizado como expectorante e também antioxidante, especialmente para o fígado. A planta que dá origem a essa variedade é muito comum no Cerrado brasileiro e o resultado é um mel de coloração clara e aroma característico que atrai os consumidores.
  • Mel de Jatai: Também no grupo dos méis de coloração mais clara, o mel das abelhas jataí tem sabor mais ácido e é produzido em todo o Brasil. Seu uso objetiva aumentar a resistência do organismo, além do alívio da tensão e do combate à insônia.
  • Mel de Uruçu: Produzido pelas abelhas uruçu, espécie sem ferrão nativa do Nordeste brasileiro, esse mel também apresenta sabor levemente ácido. Tem alto teor de água e propriedades antibacterianas, energéticas e antioxidantes.

Silvia Hermida – Bióloga e Produtora Rural

Fonte: Mota, D.D.G. et al. “Produção e Qualidade do Mel”. UFS. 2019.

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