Desde o início de 2025, moradores e frequentadores de bares nos extremos da cidade de São Paulo relatam ter recebido alertas informais sobre a adulteração de bebidas alcoólicas. As recomendações se intensificaram meses antes dos casos recentes de intoxicação por metanol registrados no estado.

Avisos em bairros e regiões da Grande São Paulo
- Zona Leste: relatos em Artur Alvim e São Miguel Paulista.
- Zona Sul: moradores do Grajaú afirmaram ter recebido recomendações para evitar destilados.
- ABC Paulista: registros em Santo André e São Bernardo do Campo.
Consumidores informaram que comerciantes pediam cautela na compra de cervejas mais baratas, sugerindo preferência por garrafas long neck.
Casos relatados por frequentadores
- Artur Alvim (27/3): torcedores, no entorno do estádio e do metrô, foram orientados a evitar bebidas de 600 ml após reclamações de gosto alterado e ressacas intensas.
- São Miguel Paulista (maio): jovens relataram que, ao reclamarem de um uísque adquirido em adega, foram orientados a procurar os responsáveis pela carga em área próxima.
- Santo André: motorista de aplicativo relatou que bebidas de marcas caras eram substituídas por opções mais baratas dentro das garrafas.
- Grajaú: produtor cultural afirmou ter mudado o hábito de consumo após passar mal repetidas vezes com destilados comprados em adegas locais.
As ocorrências envolvem diferentes bebidas, incluindo gim, uísque e vodca, consumidas em bares e adegas. O primeiro caso reconhecido pelo governo paulista ocorreu em 28 de agosto.
Ações das autoridades
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar a origem das bebidas adulteradas e a rede de distribuição.
O Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) alerta para risco de subnotificação, já que nem todos os casos chegam ao conhecimento dos órgãos de vigilância.

