Mudança de escola pode influenciar no processo de aprendizagem da criança | O Democrata
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Uniforme, material, professores, disciplinas, colegas e ambiente. Tudo se torna novo com o retorno às aulas, ainda mais para a criança que teve de deixar uma turma para ingressar em uma nova escola. Só na rede estadual de ensino, 3,7 milhões de alunos voltaram no dia 1º de fevereiro às atividades nos mais de 5 mil estabelecimentos do Estado de São Paulo. A mudança na rotina do estudante, se não acompanhada e trabalhada, pode interferir diretamente na aprendizagem. Assim, pais e professores têm um papel fundamental nessa fase.

De acordo com Carolina Boddy, diretora-geral da Escola Bem Mais Ensino Personalizado, a escolha da escola é muito importante, justamente para evitar evasões. Fora isso, o ideal é que a criança possa criar uma identidade escolar, tanto na parte socioafetiva, quanto no processo de aprendizagem. “É comum que, ao mudar de instituição, a criança e o adolescente sintam dificuldades. Isso se dá por conta da timidez inicial, estranheza do lugar, ritmo e modelos diferentes de avaliação e de material didático”, explica.

Carolina orienta, ainda, que a mudança de escola é válida em caso de rejeição social ou não adaptação à metodologia de ensino. “Sempre é aconselhável que, antes de uma medida drástica, os pais procurem a direção e coordenação da escola para ver a possibilidade de ajustes.”

O bom desenvolvimento do estudante em uma nova unidade de ensino também está atrelado ao acompanhamento familiar. “Famílias que necessitam de mudanças constantes precisam dar apoio extra aos filhos. Afinal, para aprender, é preciso pertencer, e isso leva um tempo. Ou seja, a criança e o adolescente se preocupam inicialmente com suas emoções, o que pode acabar atrapalhando em relação aos conteúdos”, adiantaCarolina, reforçando que, embora a ajuda de profissionais como terapeutas, psicólogos e professores particulares sejam ferramentas de apoio inicial, a rotina familiar e as conversas entre pais e filhos são os alicerces da educação escolar, até mesmo para os momentos de decisão. “Por isso, a criança deve fazer parte da escolha da nova escola; isso não deve se dar de maneira forçada.”

É também por meio do convívio familiar que se percebe se a mudança de escola está sendo positiva para o aluno, pois crianças e adolescentes costumam transparecer facilmente descontentamentos. “Não querer ir à escola é um primeiro indício”, pontuaCarolina, elencando outros sintomas, comodesculpas de “doenças” para faltar à aula, não estudar no contraturno, deixar de fazer anotações no caderno, esconder provas avaliativas ou trabalhos e notas baixas no boletim.

Além da família, outro ponto que auxilia na fase de adaptação, segundo Carolina, é o contraturno escolar. “A escola não acaba quando bate o sinal, devemos enxergar a escola como uma ferramenta de aprendizagem. O aluno vai para casa, mas não encerrou todas as atividades do dia dele, por isso o contraturno com rotina é importante. Porém não é só atividades de lazer que devem ser incluídas nessa rotina. O ideal é colocar uma atividade como hobby ou esporte e outras que possam ser um anexo à escola”, explicou.

Em Sorocaba, com foco no ensino personalizado, adequação de conteúdo, revisão escolar, plantão de tarefas, entre outras atividades atreladas à educação, a Escola Bem Mais trabalha o contraturno escolar também com foco na adaptação.

De acordo com Carolina, para um ensino ser personalizado é preciso primeiramente entender o estudante, assim como a família do mesmo. “Na Bem Mais, costuma-se chamaros familiares junto com o aluno para que sejam feitas algumas perguntas que envolvem desde os hábitos, traumas de infância, até as escolas pelo qual aquela criança ou adolescente já passou. É preciso entender o processo escolar dele”, lembra Carolina,reforçando que somente através dessa etapa é possível avaliar qual o cenário daquele aluno e qual sua maior dificuldade na fase de adaptação escolar.

Ainda segundo Carolina, vale lembrar que, para trabalhar o ensino personalizado, a Bem Mais atua dentro da realidade escolar atual do aluno. “Nós trabalhamos com o material que ele utilizada no colégio, mas a proposta é não cair no genérico, não dar para o aluno o que ele já vê na escola, mas o que falta na estrutura cognitiva dele. É importante observar as dificuldades e acompanhar aquele aluno trabalhando junto com o conteúdo programático, as atividades avaliativas de cada escola, o que também auxilia na adaptação.

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