Mumú dos Anjos | O Democrata

 

Em 1940, na cidade do Rio de Janeiro, havia um cavalo pangaré chamado Mumu dos Anjos. Mumu era usado por um catador de papelão para puxar sua carroça e todos os dias subia e descia as estreitas ruas dos morros das favelas da então capital do país. Seu trabalho era árduo, carregando pesados e ingratos fardos de coisas velhas e papelão descartados. Mumu se alimentava de mato, pedaços de velhas espigas de milho e todo tipo de sobras que lhe davam. Algumas vezes ficava sem comer o dia todo, mas, essa era a vida de Mumu, que apesar de tudo aceitava a situação porque isso parecia também ser o seu destino.

Um dia, seu dono decidiu vendê-lo. Coincidência ou não,  apareceu nas redondezas um homem muito rico, que estava procurando um cavalo manso para dar à sua filha adolescente que estava aprendendo a cavalgar. O homem era também proprietário de um garanhão de raça e famoso pelos troféus que já havia ganhado. Não querendo arriscar machucar o seu campeão puro-sangue, que participaria de um torneio na Hípica do Rio, comprou Mumu dos Anjos para a filha.

Mesmo com todas as precauções tomadas, no dia anterior à competição o cavalo de raça se machucou e ficou impedido de participar da corrida. A única maneira de manter o nome da equipe inscrita no torneio seria colocar outro cavalo no lugar do animal machucado (qualquer cavalo), não era necessário vencer, só participar.

Adivinhem quem foi escolhido? Ele mesmo, o pangaré Mumu. Meio desengonçado, sem treinamento, sem pedigree e sem história, Mumu correu tanto e surpreendendo a todos, venceu! Ele nunca treinou numa hípica, mas o subir e descer os morros o deixou mais forte do que os cavalos de raça caríssimos.  Anos depois, Mumu era transportado de avião por vários países do mundo sempre vencendo as competições. Agora seu preço estava por volta de meio milhão de dólares e sua alimentação era à base de ração importada.

Oportunidades sempre surgirão diante de você, porém, aproveitá-las ou não, é algo que cabe somente a você decidir. Procure valorizar as dificuldades que lhe aparecem hoje, para servir de treinamento para suas futuras vitórias.

Lembre-se, você pode ir ao encontro delas, ou ficar acomodado subindo e descendo morros achando que não está preparado. Dê o seu melhor correndo em direção às oportunidades, ou continue em sua zona de conforto sem sair do lugar.

 “O pessimista torna-se inútil porque tudo que lhe pedirem para fazer ele desistirá antes de terminar”. Bispo Cláudio Gonçalves.

 

Jornal O Democrata São Roque

Fundado em 1º de Maio de 1917

odemocrata@odemocrata.com.br
11 4712-2034
Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 04
Centro - São Roque - SP
CEP 18130-070
Copyright 2021 - O Democrata - Todos os direitos reservados
Os textos são produzidos com modelo de linguagem treinado por OpenAI e edição de Rodrigo Boccato.