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Uma vez me disseram que São Roque era a terra do “tinha”. Perguntei porque não havia entendido e a reposta era que a cidade era boa porque “tinha isso” ou “tinha aquilo” e que agora não tem mais nada. De fato a marcha do progresso acabou com muitas imagens e tradições, mas é claro e evidente que muitas ainda se conservam como as linhas deste semanário.

Nesta semana, ao visitar a antiga Estação Ferroviária, onde se encontra a nova Maria Fumaça velha, fiquei sabendo que D. Pedro I deixou o Brasil com 30 mil quilômetros de ferrovia. Segundo o Google, em 2017, o país tinha uma malha ferroviária total de 30 mil km. Ou seja, nada mudou. Dizem até que são apenas 15 mil km utilizados, mas esse não é o meu ponto.

A questão principal é que neste país do futuro, as coisas que melhor funcionam continuam sendo as proezas do passado. Como erguer um hospital filantrópico gigantesco, com prédio próprio e atendimento gratuito, que perdurou por mais de um século e que, agora, se depara com um final melancólico.

Nesta semana, comemoramos ainda a volta da antiga feira, no Recanto da Cascata. Como algo tão antigo como uma feira e tão tradicional quanto o velho local onde ela acontecia pode alegrar tantos corações? Muitas vezes a simplicidade do passado é que sustenta as conquistas do futuro, como um possível polo tecnológico do SENAR ou as grandes empresas que comçam a se instalar por aqui.

Sonhar em conseguir ter tudo isso em conjunto não é muito para quem sempre acreditou no Brasil de um futuro que ainda não chegou ou numa cidade em que se fazia questão de dizer que “já tinha”, como se nunca mais fosse poder ter novamente.

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