O impacto do clima na agricultura | O Democrata

O clima pode determinar o sucesso de um plantio, pois, questões climáticas como umidade, regime de chuvas, luminosidade e calor, são importantes para a produtividade e qualidade dos cultivares. As hortaliças, por exemplo, tem seu desenvolvimento potencializado em climas mais amenos. Portanto, é necessário estar atento a essas questões e escolher espécies que se adaptem à realidade climática da região onde ocorrerá o plantio.

Para que ocorra uma produção contínua, é importante que seja feito um planejamento anual, definindo quais espécies e cultivares serão plantados nos meses de inverno e quais serão plantados no verão.

Em épocas de frio ou de clima ameno, podem ser cultivados: couve-flor de inverno, rabanete, alface, almeirão, chicória, rúcula, cenoura-de-inverno, beterraba, brócolis, ervilha, morango, couve-chinesa (acelga), cebola, cebolinha, salsa, alho, nabo, couve-manteiga, entre outros exemplos. Porém no verão e com o clima mais quente, podem ser cultivados: coentro, couve-flor de verão, brócolis de verão, cenoura de verão, berinjela, jiló, pimenta, pimentão, abobrinha, feijão vagem, pepino, abóbora, moranga, maxixe, melancia, melão, batata-doce, chuchu, quiabo, entre outros.

Certamente é possível desenvolver alguns cultivos em estufas, essas estruturas permitem certo controle ambiental de temperatura e umidade, fornecendo as condições mínimas exigidas pela espécie escolhida.

outono e o invernosão as estações mais críticas para a agricultura, pois o frio altera o metabolismo das plantas, causando prejuízo na produção das lavouras. No entanto, para as hortaliças, a estação mais gelada do ano traz algumas vantagens, como a escassez de chuvas fortes, umidade relativa do ar mais baixa, sendo que o frio também retarda o metabolismo das pragas e doenças. Conhecer a adaptação climática das plantas ajuda no desempenho da produção, e graças ao melhoramento genético, existem algumas hortaliças que são produzidas durante o ano todo, não só para plantio no inverno. Outra solução é o cultivo protegido, que funciona muito bem especialmente nas regiões de clima frio, onde podem ocorrer as geadas. As estufas ajudam e protegem as hortaliças das temperaturas mais baixas, e em regiões mais frias, deve haver alguma forma de aquecimento para assegurar o desenvolvimento das plantas. Se o plantio ocorre de modo protegido, também irá formar uma barreira contra os insetos, facilitando o controle de pragas e doenças, resultando em uma diminuição no uso de recursos como água, por exemplo, tornando o cultivo protegido mais eficiente. É importante lembrar que o Brasil é um país continental e não possui clima linear em todas as suas regiões.

Nem sempre o agricultor tem o total controle sobre a temperatura, e cada espécie a ser cultivada apresenta uma temperatura mínima, máxima, e ótima para a germinação. O clima interfere não apenas na produção de alimentos, é de suma importância que cada indivíduo se torne consciente de suas escolhas e de sua contribuição para que o descontrole do meio ambiente, e da temperatura, não fique inviável devido as nossas atividades e escolhas. Então trabalhar para que haja equilíbrio climático – seja em hábitos individuais, atitudes organizacionais ou políticas públicas – é decisivo para questões como qualidade de vida, segurança alimentar, desenvolvimento econômico, entre outras. Ao longo dos anos, nosso planeta tem experimentado diversas mudanças climáticas, que vêm afetando a agriculturae ditando novas regras para a produção de alimentos. A sustentabilidade das produções agrícolas faz parte do desafio que será a cada dia, trabalhar de modo eficiente e de acordo com as mudanças climáticas encontradas em cada região.

Silvia Hermida – Bióloga e Produtora Rural

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