O Patrono da Abolição da Escravidão no Brasil | O Democrata


No dia 20 de novembro, foi comemorado o dia da Consciência Negra. A data é importante por levar as pessoas a refletirem sobre as riquezas, em seus vários sentidos, trazidas pelos negros ao nosso país. Hoje em dia, a miscigenação do negro com o branco está em diversos lugares, não sendo controlada por fronteiras ou credos. Muitas coisas mudaram no espaço de um século, e as pessoas tiveram que se adaptar às realidades dos novos tempos, convivendo com etnias diferentes que se juntaram ao nosso sangue.

A palavra negro, para se referir a um indivíduo de pele escura, pode ser ofensiva em alguns países, isso porque, no original, negro significa escravo. Daí que, chamar alguém de negro pode ser um ato de grosseria em alguns lugares, sendo o correto para eles, chamá-los de pretos. Preto, branco, amarelo, vermelho…todos são humanos, e precisamos nos respeitar pelo que somos.

No Brasil, um descendente da raça preta se destacou com mérito em sua época, provando que todos podem alcançar o sucesso correspondente aos seus esforços. Trata-se de Luiz Gonzaga Pinto da Gama, o Patrono da Abolição da Escravidão no Brasil, filho de mãe negra livre e de pai branco. Rábula, orador, jornalista, escritor, libertou cerca de 500 escravos durante sua jornada.

Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro; pautou sua vida na defesa da liberdade e da república, e ativo opositor da monarquia. Criança livre foi feita escravo, permanecendo analfabeto até os 17 anos, quando começou sua jornada em direção às letras.

Sua vida foi pautada por grandes realizações, sendo algumas delas, a fundação do jornal humorístico Diabo Coxo, e depois o Cabrião. Fundador da Loja Maçônica América, junto com Ruy Barbosa, da qual participou também Joaquim Nabuco, conseguiram grandes feitos para a época, trazendo mais respeito à confraria.

Luiz Gama, apesar da enorme contribuição que deu ao movimento da libertação dos escravos, cuja atuação influenciou a lei Euzébio de Queirós, e posteriormente a lei do Ventre Livre, sancionada em 13 de maio de 1.888, quando já era falecido (24 de agosto de 1.882), é pouco lembrado nos dias de hoje, uma vez que as homenagens são mais voltadas a outro personagem.

Luiz Gama é um dos exemplos do quanto os negros influenciaram culturalmente nosso povo, bem como as conquistas alcançadas com a força de seus trabalhos.

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