O POLÍTICO, AS OLIMPÍADAS E A COPA DO MUNDO | O Democrata

Muitas pessoas estão comparando certos políticos com as Olimpíadas. Um dia desses, mesmo quase sabendo a resposta, resolvi perguntar aos amigos eleitores porque a comparação. Um deles respondeu na lata, mesmo antes de eu acabar de fazer a pergunta.

_É por que eles só aparecem de quatro em quatro anos. Tem uns que a gente também apelidou de 7 x 1, disse outro. Daí fiquei curioso e logo perguntei:

_Porque sete a um? E tive a resposta.

_É pra não chamar de copa do mundo, que também a gente só vê de quatro em quatro anos.
Um deles me disse que já tinha adquirido até uma bursite que o incomodava com uma dor terrível nos braços de tanto responder acenos e os cumprimentos de políticos nessa época. Depois da prosa entendi que muitos dos candidatos são assim mesmo. Isso não quer dizer que não existam aqueles que já aprenderam a lição e não desaparecem depois das eleições. A maioria deles tropeça no povo sem se importar. A não ser de quatro em quatro anos. Em Brasília, se forem retirados do plenário os que são sinceros, acho que dá para lotar um fusca.

Quando eu lecionava, lembro que ao me preparar para uma reunião de professores, minutos antes de iniciar, os presentes falavam animadamente o nome de uma pessoa que parecia ser para todos muito querida. Eu estava atento aos comentários e aos elogios alusivos a tal pessoa, porém, fingia que também sabia de quem se tratava, mas, na verdade, não me lembrava dela.

Depois de muito tentar sutilmente saber de quem se tratava, um dos presentes muito curioso e na mesma situação me socorreu quando perguntou:

_Afinal, quem é essa pessoa de quem vocês tanto falam?

_Ora, é a Maria! A nossa faxineira – respondeu um deles pronunciando o nome da mulher. Sinceramente para mim, isso parecia uma piada, pois já tinha visto a tal funcionária e na verdade era mesmo muito simpática. Mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Senti um arrepio e ao mesmo tempo uma decepção comigo mesmo por trabalhar numa escola na qual não sabia o nome da zeladora, mesmo ela sendo uma pessoa muito legal e tão simples! Aprendi a lição que a vida estava me dando naquele momento e nunca mais esqueci que na nossa carreira pela vida, vamos sempre encontrar pessoas com as suas respectivas importâncias e que merecem nossa consideração. Devemos dispensar a todas elas nossa atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um sincero alô sem interesse nenhum.

Não podemos ser como as Olimpíadas, nem como a Copa do Mundo, que só aparecem a cada quatro anos quando é de interesse próprio.

Abraços do Bispo Cláudio Gonçalves que continua aprendendo tanto, e por isso aparece aqui todas as semanas. Bom final de semana.

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