Uma operação conjunta das polícias Federal e Civil, com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro, resgatou 22 paraguaios em situação análoga à escravidão em uma fábrica clandestina de cigarros localizada em Vigário Geral, Zona Norte do Rio. Os trabalhadores eram submetidos a condições precárias, com alojamentos insalubres, ventilação deficiente e alimentação inadequada, conforme relataram os investigadores.

A fábrica seria ligada ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, alvo de diversas operações da PF por envolvimento com a máfia dos cigarros ilegais. Segundo a apuração, os estrangeiros eram aliciados no Paraguai com promessas falsas de emprego na construção civil ou na indústria têxtil e, ao chegarem ao Brasil, descobriam que seriam forçados a trabalhar na produção clandestina de cigarros — muitas vezes sem receber qualquer pagamento.
Com o caso mais recente, o número de paraguaios resgatados de fábricas ilegais ligadas a Adilsinho em 2025 já chega a 71. Em março, outras três fábricas foram fechadas em Duque de Caxias e Paty do Alferes, onde 49 trabalhadores também foram libertados. Na mesma ocasião, a PF prendeu 12 pessoas e bloqueou R$ 350 milhões em bens, além de investigar o desaparecimento de máquinas industriais de dentro da Cidade da Polícia — uma delas, de cinco toneladas, ainda não foi localizada.
Com informações do g1.