A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, no âmbito da investigação sobre a trama golpista de 8 de janeiro. Segundo o relatório de 170 páginas, Eduardo teria atuado nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras e buscar sanções contra ministros do STF, enquanto Bolsonaro financiava essas ações com repasses milionários.

As mensagens extraídas do celular do ex-presidente revelam não apenas estratégias de pressão contra o Judiciário, mas também brigas familiares, em especial entre Bolsonaro e Eduardo, além do ciúme do deputado em relação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado como possível presidenciável em 2026.
O documento também aponta o envolvimento do pastor Silas Malafaia, acusado de liderar tentativas de coação contra ministros do Supremo. Ele teve celulares apreendidos e está proibido de deixar o país.
O indiciamento ocorre às vésperas do julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe, marcado para setembro no STF, aumentando a tensão política em torno do ex-presidente. O relatório expõe, ainda, a dependência de Eduardo do apoio internacional e o temor de perder respaldo político do ex-presidente Donald Trump, fator considerado estratégico pela família Bolsonaro.
👉 A apuração da PF não apenas fortalece o processo contra Bolsonaro e aliados, como também evidencia rachas internos no bolsonarismo e a busca por apoio externo para interferir em decisões da Justiça brasileira.
Com informações da CNN Brasil e Valor Econômico.