A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta terça-feira (2) contra um grupo suspeito de realizar ataques virtuais a deputados federais favoráveis ao projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas a homicídio. A investigação aponta que sites ligados aos parlamentares sofreram ações coordenadas que geraram instabilidade e períodos fora do ar.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em São Paulo e Curitiba, com apoio de parceiros internacionais. A PF não divulgou os nomes dos deputados afetados.
O projeto em debate altera o Código Penal para aplicar pena de homicídio simples quando o aborto ocorrer após a 22ª semana, exceto nos casos já permitidos pela legislação (estupro, risco à vida da gestante e anencefalia). A proposta ganhou urgência em 2023, mas o andamento direto ao plenário foi suspenso após decisão do então presidente da Câmara, Arthur Lira, que prometeu ampliar o debate em comissão — algo que não avançou na gestão atual.

