Na tarde de segunda-feira (16) detentos do Centro de Progressão Penitenciária de Porto Feliz, em São Paulo, se rebelaram, uma vez que houve a suspensão da saída temporária (saidinha) como forma de medida preventiva para conter o avanço do coronavírus. O número de presos que deram fuga ainda não foi informado e pelo menos outras três cadeias também registraram rebeliões.
Em Porto Feliz, policias divulgaram que os presos que ficaram promoveram um quebra-quebra na unidade, além disso, colchões foram queimados e houve barulhos de tiros e bombas. Não há informações de que houve reféns.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que os Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, na Baixada Santista, e Tremembé, no interior de São Paulo, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis, no interior paulista, também organizaram rebeliões.
No presídio do litoral, centenas de detentos fugiram e oito agentes foram feitos reféns. Em Tremembé, a SAP não confirma quantas pessoas foram feitas reféns, mas cinco foram liberadas na madrugada, entre elas, um cadeirante. Em Mirandópolis, nove detentos ficaram feridos, sendo dois em estado grave.
O veto foi decidido pela Justiça de São Paulo, a pedido do governo do estado, como medida para conter o avanço do coronavírus. “A medida foi necessária, pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o vírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados”, afirmou a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) em nota.
Há ainda relatos de que detentos das cadeias de Irapuru, Taubaté (interior) e Franco da Rocha (Região Metropolitana) também estão em rebelião. A SAP ainda não confirma essas informações.
SAP informa que, na manhã desta terça-feira (17), a situação foi controlada
A Secretaria da Administração Penitenciária informa que a situação foi controlada nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis.
O Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios de forma imediata. Atualização até às 10h desta terça-feira (17), no site oficial do Governo de São Paulo, registra 517 presos recapturados pela Polícia Militar com apoio de agentes de segurança penitenciária. A SAP realiza a contagem para determinar o número exato de fugitivos.