Já tive a oportunidade de citar a Alemanha como exemplo de investimento em Educação. Então, resolvi pesquisar mais e descobrir o segredo do sucesso. Afinal, a Alemanha decidiu investir mais de 42 bilhões de euros em universidades para melhorar ainda mais seu sistema de ensino e formação. Do total orçado, 41,5 bilhões de euros, metade virá do governo federal e a outra metade do estado em que a universidade se encontra.
As autoridades apostam que isso impulsionará o país no cenário internacional. Citam como exemplo Alois Alzheimer, Max Planck, Wilhelm Conrad Röntgen e Robert Koch, entre muitos outros, como pesquisadores alemães que contribuíram para revolucionar a ciência. E foi nessas universidades que descobriram o bacilo da tuberculose, o raio-x, a ligação entre o vírus HPV e o câncer de colo do útero, a tecnologia para o disco rígido, entre outros.
Em 2017, a Alemanha possuía 428 instituições de ensino superior, com mais de 2,8 milhões de estudantes matriculados. Estima-se que seis em cada dez jovens alemães entrarão numa universidade. Em 2016, 31% dos alemães entre 25 e 34 anos possuíam curso superior completo.
O Brasil possuía 197 universidades e cerca de 8 milhões de alunos, segundo dados do MEC de 2016. No país, no entanto, apenas 15% da população entre 25 e 34 anos possuiu ensino superior completo.
A Alemanha investiu 1,2% de seu PIB, em 2015, no ensino superior e 3% do PIB na educação básica. No Brasil, o cenário foi parecido, no ensino básico foi de 4,2% do PIB e 1,2% no ensino superior.
A importância da Educação é claríssima, especialmente das universidades. No Brasil, falta um pouco de verbas, mas muito de estratégia e de um plano nacional que defina prioridades e objetivos. Onde estão os senadores e deputados comprometidos com a Educação para fiscalizar e propor?