O Senado aprovou na última semana, por 66 votos a 5, o projeto de lei que torna automática a adesão de consumidores e empresas ao Cadastro Positivo, o texto segue, agora, para a sanção presidencial. O Cadastro Positivo existe desde 2011, mas a expectativa é que com a ampliação o banco de dados receba as informações de 110 milhões de pessoas. Atualmente, o sistema que estabelece pontuações para quem mantém suas contas em dia contém dados de apenas 6 milhões de clientes.
Segundo o presidente do Sebrae, João Henrique de Almeida Sousa, o projeto deve facilitar o acesso ao crédito para empresários com bom histórico de pagamentos. “Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos donos de pequenos negócios é conseguir financiamento”, analisa. Já para o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Melles, a aprovação é uma conquista importante. “Quem conhece o pequeno empresário, sabe que ele valoriza ter o nome limpo. O Cadastro vai permitir que quem esteja em situação de inadimplência possa se recuperar, gerar mais renda e emprego”, avaliou.
De acordo com estatísticas, as alterações efetuadas no sistema podem injetar até R$ 1,1 trilhão na economia, promover um aumento de 12% do PIB (R$ 790 bilhões) na geração de negócios e incluir 22 milhões de pessoas que não têm comprovação de renda no mercado de crédito.