A Prefeitura de Ibiúna publicou nesta terça-feira, 12, um comunicado oficial em suas redes sociais, informando que estão suspensas as feiras livres no município, e a publicação gerou revolta em muitos moradores.
A redação do Jornal O Democrata entrou em contato com o Departamento de Comunicação da Prefeitura e foi informado que essa decisão foi deliberada pelo Comitê de Monitoramento e Enfrentamento do Covid-19 e se fez necessária diante do aumento de casos confirmados da doença em Ibiúna.
De acordo com a última atualização do boletim epidemiológico da cidade, são 400 casos de Coronavírus notificados, sendo 214 descartados (negativos), 64 em isolamento domiciliar, 58 casos positivos e 54 aguardando resultado. Além disso, contabilizam 39 recuperados, 5 casos internados, 4 óbitos por Covid-19 e 1 óbito suspeito para a doença.
Mesmo com esses dados, inúmeros munícipes foram contrários à decisão da Prefeitura, alegando que as redes de mercado, que são em locais fechados, podem atender, enquanto a feira, que é realizada em local aberto, não pode.
“Estranho que os supermercados ficam com grande aglomeração, principalmente no final de semana, e isso ninguém vê. E pior, um lugar fechado. Os feirantes não podem trabalhar para ganhar o pão de cada dia isso é absurdo. É só todos usarem máscaras, porque até então, os mercados já estão assim”, disse o munícipe Moacir Junior.
Uma outra moradora alegou até que a cidade de São Paulo, que tem uma população muito maior que Ibiúna, está com a feira em funcionamento.
“Absurdo isso. São Paulo tem muito mais população que Ibiúna e a feira é considerada serviço essencial. Isso é agir contra a lei. Feira é serviço essencial”, disse Maria José Santana.
Por fim, uma das munícipes ressaltou que “se é pra beneficiar alguns e outros não, fecha tudo (sic)”.