Salário mínimo deveria ser de R$ 3.899,66, aponta DIEESE | O Democrata

 

O salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família deveria ser de R$ 3.899,66, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), baseado nos dados de abril da Pesquisa Nacional de Cesta Básica de Alimentos. Hoje, esse valor é de R$ 937.

Isso significa que o brasileiro recebe uma quantia cerca de quatro vezes menor do que o considerado suficiente pela instituição. A Constituição estabelece que o salário mínimo deve ser o bastante para suprir os gastos relativos à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, com reajustes periódicos que preservem o poder aquisitivo do cidadão.

O salário mínimo necessário em abril de 2017 atingiu o valor mais alto desde novembro do ano passado, quando o ideal calculado foi de R$ 3.940,41. Na comparação com março deste ano (R$ 3.673,09), o piso mínimo projetado teve alta de 6,16%; em relação a abril de 2016 (R$ 3.716,77), a alta foi menor, de 4,92%. O salário mínimo necessário mais baixo estimado pelo Dieese em 2017 foi o de fevereiro, quando o índice atingiu a marca de R$ 3.658,72.

Cesta básica

O cálculo feito pelo Dieese tem como base o valor da cesta básica mais cara do país – que, no último mês, foi registrada em Porto Alegre (R$ 464,19). Em seguida, aparecem Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51), São Paulo (R$ 446,28) e Vitória (R$ 431,54). No mês de abril, todas as 27 capitais brasileiras sofreram aumentos.

Porcentualmente, as maiores altas foram registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador (4,85%) e Boa Vista (4,71%). As menores foram observadas em Goiânia (0,13%), São Luís (0,35%) e Manaus (0,55%).

Ainda de acordo com os cálculos do Dieese, o tempo médio necessário em abril deste ano para um trabalhador ganhar o dinheiro necessário para comprar os produtos da cesta básica foi de 93 horas e 17 minutos, maior do que o registrado em março (90 horas e 33 minutos). A média, no entanto, é menor do que a calculada em abril do ano passado – 96 horas e 26 minutos.

Levando em consideração o custo da cesta básica e o salário mínimo líquido – ou seja, já descontando a contribuição para a Previdência -, o cidadão que recebe os R$ 937 determinados por lei teve que reservar 46,09% de sua renda para comprar os mesmos produtos que, em março de 2017, comprometiam 44,74%. Essa porcentagem calculada em abril deste ano é menor do que a do mesmo período de 2016: 47,64%

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