Na última semana, O Democrata teve acesso a informações sobre as reais dificuldades que a Santa Casa de Misericórdia de São Roque vem enfrentando desde o início de 2017. De acordo com autoridades locais e outras fontes de nossa redação, o Pronto Atendimento (PA) do hospital está enfrentando graves problemas em oferecer qualidade para toda a demanda de pacientes que buscam o local para atendimento.
Segundo fontes ligadas ao governo municipal, a Santa Casa pediu a Prefeitura de São Roque um novo contrato com o valor de R$ 900 mil mensais para operar o P.A. O contrato atual entre a entidade e a prefeitura está em torno de R$ 600 mil mensais. Caso o repasse não seja ajustado a Santa Casa prevê uma restrição nos atendimentos do P.A. “Caso não venha a verba da prefeitura, existe a possibilidade de promover uma triagem maior, atendendo apenas casos de urgência e emergência, como infartos, AVC, fraturas, hemorragias, paradas respiratórias, além de doenças com dengue, catapora e sarampo”.
O PA continua aberto, com média de 7.500 atendimentos por mês, segundo informou a Santa Casa, mas ao menos metade desse número poderia ser atendida sem ser em caráter de urgência. “Cerca de 50% dos atendimentos poderiam ser efetuados no postos de saúde do município, fazendo com que os custos da Santa Casa diminuíssem”, disseram em nota.
Hoje o hospital sofre com o repasse sem reajuste desde 2014, inadequado e insuficiente para suprir os
custos do hospital. Para a Santa Casa, uma das alternativas seria o investimento para atrair novos operadores de planos de saúde e planos particulares, mas o reajuste é fundamental. “Em 2017, a prefeitura repassou cerca de R$ 18 milhões, o que implica no valor de R$ 1,5 milhões mensais, sendo que em 2016 a prefeitura repassou à FENAESC o montante de R$ 20 milhões. Temos um custo de cerca de R$ 2 milhões mensais e a prefeitura insiste em repassar um valor menor”, informou o hospital.