Campanha alerta para necessidade de prevenção do câncer de intestino | Saúde e Bem-Estar

Com a mudança do padrão internacional de 50 anos para 45 anos de idade, por causa do aumento da frequência do câncer colorretal na população adulta , especialistas passaram a recomendar às pessoas que façam a prevenção da doença na faixa de 45 anos a 50 anos e não mais somente a partir dos 50 anos. Os casos têm aumentado em todo o mundo

“Acima dos 45 anos, é uma recomendação forte para fazer a prevenção. E acima dos 50 anos, é obrigatória a prevenção”, disse hoje à Agência Brasil  o coloproctologista Paulo Maurício Chagas Bruno, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e diretor da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci).

A morte do ator Chadwick Boseman, que interpretou o personagem Pantera Negra no cinema, em decorrência do câncer de cólon, serviu como alerta para a prevenção do câncer colorretal, que abrange o cólon e o reto. A necessidade de prevenção da doença que matou o ator aos 43 anos está sendo lembrada neste mês de setembro. Para informar a população sobre  hábitos que podem prevenir o câncer colorretal, a SBCP está promovendo a Campanha de Prevenção do Câncer de Intestino. Em razão da pandemia do novo coronavírus, a campanha será divulgada este ano no Facebook, no Instagram e no Portal da Coloproctologia.

A Abrapreci também está divulgando vídeos sobre a importância da prevenção do câncer colorretal, que é o terceiro e quarto mais frequentemente encontrado em homens e mulheres, respectivamente, informou Chagas Bruno. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima que, em 2020, serão registrados no Brasil mais 40.990 casos da doença  – 20.520 em homens e 20.470 em mulheres –, com aumento de mais de 12% em relação ao índice anterior. “A incidência está realmente aumentando”, disse o médico.

Exames

Paulo Maurício Chagas Bruno explicou que, inicialmente, a prevenção em grande escala é feita em pesquisa de sangue oculto nas fezes por meio do exame de hemoglobina humana, que não precisa de dieta prévia. Se o resultado for positivo, o paciente deve fazer a colonoscopia, quando os médicos colhem material e tiram pólipos, que são precursores do câncer. Os pólipos de pequeno tamanho têm baixa malignidade, mas, à medida que vão crescendo, aumenta a possibilidade de tumor. A retirada dos pólipos reduz a incidência de câncer em quase 40% da população. Estima-se que, em média, 28% das pessoas com mais de 50 anos tenham pólipos no intestino. A colonoscopia é um exame de imagem feito com a introdução de um aparelho flexível do ânus até o intestino, com o paciente anestesiado.

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