Em entrevista para o Jornal O Democrata, a infectologista Marcia Mendes esclareceu algumas dúvidas referentes ao novo vírus que tem circulado em todo o mundo, o Covid-19. De acordo com a profissional, há grandes chances do vírus se alastrar na região, portanto, todo cuidado é pouco.
Devido ao fato da proximidade das cidades e levando em consideração que temos na região, pelo menos, 20 casos suspeitos, o melhor a fazer neste momento é o distanciamento social. Segundo Marcia, essa medida deve ser tomada não só para a proteção individual, mas para diminuir a transmissão do vírus.
Em casos de contato com uma pessoa suspeita, deve observar se estiver assintomático, enquanto se apresentar sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta coriza) e/ou febre deve procurar um serviço de saúde, principalmente se tiver falta de ar. “Recomenda-se a procura pelo o hospital apenas nos casos mais graves. O exame é indicado pelos próprios médicos”, ressalta a profissional.
Ainda de acordo com a infectologista, as pessoas que não possuem sintomas respiratórios não precisam utilizar máscaras. As recomendações são direcionadas para pessoas que apresentem sintomas do Covid-19 e para aqueles que cuidam de indivíduos com sintomas, como profissionais da saúde e familiares que cuidam de pessoas com suspeita ou confirmação de coronavírus.
Marcia afirma que não existe uma quantidade mínima para lavar as mãos e passar álcool em gel, bastando que seja feito regularmente, após contato com superfícies e objetos tocados com frequência, como o celular. As crianças pequenas devem ser supervisionadas por um adulto.
Aos moradores que não estão fazendo home office, é preciso que, nas empresas, lave e higienize sempre as mãos e limpem com frequência a superfície e os objetos de trabalho, além de manter o ambiente arejado.
O uso do transporte público deve ter uma queda, mas recomenda-se usar álcool em gel para limpar as mãos e tentar manter uma distância de 1 a 2 metros de outras pessoas.
De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, no momento, para os casos mais leves com recomendação de isolamento domiciliar, considera-se o período de 14 dias para monitoramento dos sintomas. Depois disso, se os sintomas respiratórios e febre acabarem, a pessoa pode voltar à rotina normal. Se você teve contato com uma pessoa que tem suspeita do vírus valem as dicas básicas de cuidados de prevenção e prestar atenção em eventuais sinais ou sintomas. Caso aconteça, é fundamental procurar um serviço de saúde.
A redação do jornal observou que nas redes sociais está circulando a notícia que, enquanto o vírus não desce para o pulmão, ele permanece na garganta e a melhor maneira de contê-lo é fazer gargarejo com água morna e vinagre. A profissional comentou que desconhece essa informação e que apenas recomendações do Ministério da Saúde e órgão responsáveis devem ser seguidas. “Neste momento de preocupação mundial, atente-se às fake news!”, orienta.