Moléstia atinge 20% da população feminina e entre 5% a 10% dos homens
Tem gente que sofre a vida toda com enxaqueca, enfrentando dificuldades para fazer as coisas mais simples do cotidiano. Mas é o público feminino que mais enfrenta as piores “dores de cabeça”. Cerca de 20% das mulheres e entre 5% a 10% dos homens são diagnosticados com a doença, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Considerada uma moléstia de fundo neurovascular caracterizada por crises repetidas de dor de cabeça, por vezes associada à fotofobia (desconforto com a luminosidade), náuseas e tontura – esta forma de cefaleia pode se manifestar diferentemente de um paciente para outro, inclusive em distintos períodos da vida. “É possível minimizar ou evitar as crises a partir de um diagnóstico especializado, além do uso da correta medicação, entre outros cuidados”, analisa o médico Pedro Oliveira.
Oliveira lembra ainda que a doença pode se manifestar na forma leve (não comprometendo as atividades cotidianas); moderada, já interferindo no dia a dia e, na forma grave, incapacitando o paciente para qualquer tarefa. “O desenvolvimento de novos medicamentos tem possibilitado ampliar o atendimento a estes pacientes, inclusive àqueles que sofrem com a forma crônica da enxaqueca”, afirma o médico.
O especialista alerta para os cuidados com os medicamentos para dor de cabeça. Segundo ele, os pacientes não devem fazer uso de medicamentos sem a devida orientação médica e, para esta moléstia especificamente, na maioria das vezes, analgésicos comumente utilizados para a cefaleia inespecífica não dão conta de enfrentar uma crise de enxaqueca. “Assim, a avaliação e o correto diagnóstico de um profissional especializado, permite a prescrição de antienxaquecosos específicos que solucionam o processo. Mais do que em outras doenças, nos casos de enxaqueca, antes de se automedicar, procure um médico”, recomenda Dr. Oliveira.