Nódulos de tireoide têm novo tratamento | Saúde e Bem-Estar
Imagem de Anastasia Gepp por Pixabay

Tecnologia inovadora no tratamento de nódulos de tireoide passa a ser feita em consultório médico e traz benefícios aos pacientes. O procedimento utilizando a nova técnica já foi iniciado na Clínica Clincap, em São Paulo, sob o comando dos médicos Fernando Walder e Carlos Lehn.

A técnica, já utilizada nos principais centros médicos do mundo, conhecida como radioablação, representa um avanço para medicina, sobretudo no que diz respeito à segurança, o conforto e a recuperação do paciente. Diferente da cirurgia convencional, em que há um corte na região do pescoço, o procedimento minimamente invasivo, por meio de radiofrequência, não deixa cicatriz e reduz o volume dos nódulos – em até 90% no 1º ano.

Outro ganho ao paciente é que, com a utilização dessa nova técnica, não há necessidade de um tratamento com reposição hormonal. “Na cirurgia convencional, com a retirada do nódulo, muitas vezes, o tecido saudável da tireoide também é extraído. Isso obriga o paciente a ter um acompanhamento com reposição hormonal. Com essa nova técnica, isso não acontece porque conseguimos agir diretamente no nódulo”, afirma o dr. Fernando Walder.

O dr. Carlos Lehn ressalta que “a técnica vem sendo testada com excelentes resultados nos mais diversos pacientes e em diferentes estágios da doença. Por isso mesmo, representa uma grande esperança nos tratamento da tireoide”. Ele explica que a glândula da tireoide regula a função dos mais importantes órgãos do corpo humano, entre eles, o coração, o fígado, o cérebro e os rins. “Essa glândula é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina)”, conclui.

Estudos mostram que cerca de 60% da população brasileira tem a possibilidade de desenvolver nódulos na glândula em algum momento da vida. Embora os sintomas não sejam comuns ou demorem a aparecer, quando surgem os nódulos o paciente pode sentir dor, inchaço na garganta, perda de peso (sem causa aparente), tremores, rouquidão ou perda de voz e dificuldade para respirar. O aumento da glândula, tornando-se aparente na região do pescoço, também indica um sinal de alerta. Porém, em cerca de 95% dos pacientes, as lesões são benignas. Em alguns casos, há a necessidade de cirurgia.

Técnica por radiofrequência

O procedimento é feito por ultrassonografia, com anestesia local. Desta forma, o médico localiza o nódulo dentro da tireoide e introduz um eletrodo no ponto exato a ser tratado. “O eletrodo é ligado a um gerador de alta tecnologia, que enviará ondas de radiofrequência, aumentando a temperatura na ponta do eletrodo, ocasionando a morte das células”, conclui Walder

 Não necessita de internação

Os médicos Fernando e Carlos são pioneiros na aplicação do procedimento em clínica, sem a necessidade de um centro cirúrgico e internação em hospitais. “Essa é uma grande vantagem dessa nova técnica. Não há internação, o paciente pode ir para casa no mesmo dia, tendo uma recuperação mais rápida, e com menor chance de contaminação por vírus e/ou bactérias”, destaca Lehn.

Para isso, o consultório ganhou uma sala moderna e equipada apenas para esse novo procedimento de radiofrequência em pacientes. Os equipamentos foram importados pelo Grupo RBT Medical Group, que trouxe, pela primeira vez, essa tecnologia ao Brasil.

Fernando Walder

 Doutor em Oncologia pela FMUSP, é professor do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço – UNIFESP – EPM. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Carlos Lehn

Doutor em medicina pela Unifesp, é diretor do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

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