Primeiro remédio para depressão pós-parto é aprovado nos EUA | Saúde e Bem-Estar

O tratamento atual para a depressão pós-parto é baseado em psicoterapia e antidepressivos tradicionais, que demoram um certo tempo para surtir efeito. Mas, nesta semana, o U.S. Food & Drug Administration (FDA), órgão que regula os remédios nos Estados Unidos, aprovou o primeiro medicamento específico para esse transtorno: a brexanolona.

O fármaco é intravenoso (aplicado diretamente na veia), foi desenvolvido pela farmacêutica Sage Therapeutics e funciona de forma diferente dos antidepressivos comuns. “Esses levariam de quatro a seis semanas para trazer algum resultado”, afirma, em comunicado à imprensa, a psiquiatra Samantha Meltzer-Brody, professora da Faculdade de Medicina do Centro Médico UNC, nos Estados Unidos.

Segundo os cientistas, a brexanolona ajuda a regular alguns hormônios que contribuiriam para o problema. Além disso, interfere positivamente em neurotransmissores associados ao bem-estar, como os outros fármacos.

“As semanas e os meses seguintes ao nascimento são um período crítico para a ligação mãe-bebê. Por isso, encontrar um tratamento de ação rápida é crucial. Nos testes [com a nova droga], nós vimos pacientes começando a se sentir melhor dentro de dias”, complementa a doutora, que liderou as pesquisas de desenvolvimento.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em países de baixa renda, a média de casos de depressão pós-parto é de 19,8%. De acordo com levantamento de 2016 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma em cada quatro brasileiras sofre do transtorno.

As pesquisas para aprovação do remédio

Foram realizados dois estudos pela faculdade de Medicina do UNC: um avaliou mulheres com depressão pós-parto severa e outro se concentrou nas com a condição em nível moderado. Todas haviam acabado de ter um filho.

Em ambas as pesquisas, uma parte das participantes recebeu infusão intravenosa de brexanolona por 60 horas no hospital; a outra, placebo (um tratamento sem efeito, para servir de comparação). As turmas foram acompanhadas por quatro semanas.

Para medir a eficácia, os especialistas levaram em consideração os sintomas, medidos por uma escala de classificação de depressão.

Nas duas análises, o medicamento se mostrou superior ao placebo no fim do período de infusão. A melhora também foi observada quando os 30 dias de acompanhamento chegaram ao fim.

As reações adversas mais reportadas pelas voluntárias foram sonolência, boca seca, súbita perda de consciência e rubor.

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