Sem passado, apenas passou… O valor de anunciar e ser lembrado – O Democrata

“A propaganda é a alma do negócio” é uma das frases mais conhecidas do mercado publicitário. Pode não ser dita hoje exatamente com essas palavras, pois a língua é viva e incorpora, cada vez mais, expressões estrangeiras. A essência continua a mesma; o que mudou foi a propaganda, que se diversificou com a internet, os canais por assinatura e as mídias digitais. Se antes o anúncio era chamado de “reclame”, atualmente envolve identidade visual, rebranding (revitalização de marca), design, mapeamento de públicos, estratégias, conteúdo, landing page (com o preenchimento de cadastros) e muito mais.

São inúmeros os caminhos para se chegar ao público-alvo, não se limitando mais ao rádio, jornal, televisão, carro de som, outdoor, faixas e cartazes. Porém, uma coisa é certa: empresas e prestadores de serviço não terão sucesso de público e vendas se postarem apenas em seus próprios perfis ou se limitarem a copiar modelos passageiros. Hoje é uma “dancinha”, e amanhã ela já dançou.

Uma empresa começa a morrer quando deixar de anunciar ou fala apenas para o público ou seguidores que imagina ser o seu consumidor em potencial. É a famosa “bolha”. Um bom candidato, empresa ou profissional precisa conquistar o eleitor ou cliente que está, por exemplo, em um veículo de comunicação que atinge um público amplo, com diferentes níveis de escolaridade, renda e idade.

Além disso, corre-se o risco de não ser lembrado daqui a algum tempo. Suas fotos, vídeos e campanhas podem se perder simplesmente porque passaram 24 horas ou o perfil foi desativado. Resumindo: quem não anuncia no Democrata e em outros jornais — que preservam seus arquivos e hoje também estão nas redes sociais — talvez não consiga contar a própria história. Sem passado, apenas passou… Que triste.

Vander Luiz

Zé Gotinha, Zé Delivery. Em 1955, a Light tinha o Zé Kilowatt, que trabalhava dia e noite, sem descansar, para levar energia elétrica aos lares, lojas e indústrias. O Democrata (18/11/1955).
Anúncio com pergunta e muita informação: “Estamos habilitados a confeccionar os mais modernos vestidos de baile, formaturas e passeios.” Era comum o nome do proprietário: “Casa Beatriz”, de Álvaro Teixeira de Carvalho. O Democrata (1955).
“A casa dos bons artigos”, “finíssimo sortimento de camisas e gravatas”, “só vende a dinheiro, mas oferece vantagens nos seus preços.” A Casa Pontes trazia o maior número possível de informações. Inicialmente localizada na Rua XV de Novembro, marcou época depois na Praça da Matriz.
A Farmácia São Roque a antiga Farmácia César: “Avia-se qualquer receita com escrúpulos e máxima brevidade.” Farmacêutica responsável Lourdes de Moraes Rosa Lima.
“Não deixem de tirar uma multi-foto (12 poses diferentes) do seu filhinho para uma recordação dos seus gestos.” Quem seguiu a recomendação do Foto Ideal montou um lindo álbum de família.
A Casa São João, de João Selemi Alcatib, aproveitou o assunto do momento para divulgar seus atraentes e vistosos jogos de cama e banho, entre outras ofertas. Em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas no Japão. “Não é de bom tom”, diria hoje a sempre viva Odete Roitman. O Democrata (17/11/1945).
A Casa Vantajosa dizia que não precisava de “reclame” — mas anunciava no jornal O Democrata. É por isso que a Coca-Cola investe, por ano, cerca de 4 bilhões de dólares em publicidade. No Brasil, o valor deve chegar a 7 bilhões de reais em 2025.
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