Sindusvinho integra projeto de implantação do primeiro vinhedo orgânico de São Roque | O Democrata


Com o olhar sempre voltado para o desenvolvimento, crescimento e na constante busca por novas potencialidades para o setor vinicultor de São Roque, o Sindusvinho – Sindicato da Indústria do Vinho de São Roque, integra, juntamente com a Prefeitura da Estância Turística de São Roque, o Instituto Federal de São Paulo – campus São Roque e com a UPD da APTA (Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de São Roque da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), órgão ligado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, os trabalhos de implantação do primeiro vinhedo orgânico da cidade. Os trabalhos no primeiro vinhedo orgânico iniciaram no dia 03 de setembro.

Valorizando ainda mais o que é produzido nas terras são-roquenses, o projeto visa atender a demanda dos produtores rurais do município que querem aumentar o cultivo de uva, aliado a demanda do mercado consumidor por produtos mais sustentáveis. A parceria foi viabilizada em 2017 pela assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Agricultura e a prefeitura e posteriormente ganhou a adesão do Sindusvinho e do Instituto Federal. A área delimitada para o experimento é de 0,6 hectares e fica na estação experimental fundada há mais de 90 anos como sede do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Para Fernando Pereira Leite, presidente do Sindusvinho, o projeto conjunto destas quatro frentes, possibilita, além das pesquisas e criação de novas tecnologias e espécimes de uva, a retomada da cultura dos vinhedos em São Roque. “São Roque já foi tomada por videiras, e em função de vários aspectos, como climáticos, valorização imobiliária e dificuldade de mão de obra, a cidade perdeu muito espaço de plantação de uvas. O projeto das uvas orgânicas vem justamente para retomar esta cultura histórica de São Roque. E produzirmos sucos e vinhos com uvas naturais daqui”, explica Fernando.

Já, Cláudio Góes, prefeito de São Roque, a revitalização da estação experimental instalada há tantos anos na cidade é também o resgate da própria história de São Roque. “Já é prazeroso pelo resgate, incentivo e participação de muitas frentes envolvidas. Isso tudo me liga a minha questão, a questão do vinhateiro, do Góes, da família. Fomos um dos precursores no resgate da produção de uvas na região no início dos anos 2000. Além do mais, é também a valorização e incremento necessário de apoio à produção e lavouras, gerando emprego e renda”, afirma Cláudio. Ele ainda reafirma a importância da produção agrícola dos dois produtos símbolos da cidade, o vinho e a alcachofra, que geram demanda a agroindústria de pequeno porte e são complementares ao turismo da cidade.

Das quatro instituições envolvidas no projeto, cada uma entra com suas capacidades, gerando assim uma frente completa para o desenvolvimento do vinhedo. As uvas escolhidas para o início dos trabalhos foram a Bordô, Lorena e o “cavalo” para ser enxertado com uva Isabel. Num primeiro momento as uvas cultivadas serão utilizadas para a produção de suco de uva orgânico e posteriormente para vinhos. O Sindusvinho adquiriu todas as mudas, além do fornecimento da mão de obra para acompanhar o vinhedo e todos os cuidados e necessidades diárias. “Neste espaço o intuito é multiplicar as mudas desta produção orgânica para fornecer aos produtores e eventuais interessados no plantio da uva”, afirma Fernando.

Com a tendência de cada vez mais buscar a sustentabilidade e o consumo mais racional dos recursos naturais, como água e solo, e a segurança alimentar do consumidor, o primeiro vinhedo orgânico de São Roque, se destaca como um laboratório vivo das videiras. Para Fábio Lenk, do Instituto Federal de São Paulo – campus São Roque é o local ideal para os alunos poderem fazer suas práticas didáticas e praticar a pesquisa aplicada, além de acompanhar o desenvolvimento das plantas nessa forma alternativa de cultivo e posteriormente repassar essas práticas de cultivo para outros produtores que se interessem, proporcionando cursos e capacitações.

O projeto tem uma duração estimada em torno de quatro anos, até as uvas atingirem sua maturidade, com pelo menos três safras. Desta forma o agricultor terá todas as garantias para o cultivo em maior escala.

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