O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus aliados foram formalmente acusados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de tentativa de golpe de Estado. A decisão unânime da Primeira Turma do STF, em 26 de março de 2025, implica que os acusados responderão por crimes graves, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Além de Bolsonaro, os réus incluem o ex-diretor da ABIN Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, e outros ex-ministros de seu governo, como Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. A acusação, apoiada por provas e depoimentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), inicia a fase de instrução processual, com coleta de mais evidências e depoimentos.
O relator Alexandre de Moraes destacou que a denúncia possui fundamento robusto e evidências claras, reforçando o caráter grave dos atos cometidos. Os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia também ressaltaram a importância da ação judicial, com Dino lembrando que golpes de Estado, como o de 1964, têm consequências longas e devastadoras.
O julgamento deverá ser concluído até o meio do ano, sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso. O caso continua a atrair grande atenção, dado o impacto político e judicial do processo.