Taioba no paisagismo e na panela | O Democrata

A Taioba é uma verdura de folhas verde escuro que faz parte das Panc’s (Plantas alimentares não convencionais), normalmente encontrada em feiras de agricultores locais e agroecológicos. Tem um sabor que lembra o espinafre, é muito nutritiva e tem uma quantidade expressiva de vitamina A.

É indicada para quem tem anemia ferropriva, por ser riquíssima em ferro, entra no grupo de alimentos indicados para quem é anêmico como o feijão, a ora pro nobis e a beterraba. Também é rica em cálcio, o que ajuda a manter a saúde dos nossos ossos e dentes, e como tem a capacidade de auxiliar no funcionamento do intestino por ser rica em fibras, é indicado para quem tem prisão de ventre. O recomendado é que a taioba seja sempre ingerida cozida ou refogada, pois o calor do cozimento elimina as pequenas quantidades de oxalato de cálcio desta espécie. Assim, a taioba cozida ou refogada pode ser utilizada em saladas, ou adicionada em sucos ou sopas, por exemplo. 

Por ser rica em vitamina B6 que é importante para aumentar a produção de neurotransmissores cerebrais, como GABA, serotonina e dopamina, seu consumo auxilia os responsáveis por manter e melhorar o humor, reduzir a ansiedade e a depressão, além contribuir para aumentar a sensação de relaxamento do corpo e combater o cansaço. E alguns estudos mostram que a vitamina B6 da taioba, por aumentar a produção de neurotransmissores no cérebro, pode ser útil para auxiliar no tratamento do autismo.

A taioba é rica em ácido fólico e vitaminas A, B e C que estimulam a produção de glóbulos brancos que são células de defesa essenciais para prevenir e combater infecções e, ajudam a fortalecer o sistema imunológico, que sempre favorece quem adquire o habito de ter esses alimentos em sua mesa. Quando for preparar rasgue as folhas em pedacinhos, entre os veios, e lave. Recomenda-se ferver as folhas da taioba antes de refogar ou utilizar em suas receitas. Para refogar, numa panela, coloque o óleo, o sal, o alho e a cebolinha-verde ou os temperos de sua preferência. Leve ao fogo, refogue seus temperos e acrescente a taioba para refogar, sem tampar a panela, por cerca de cinco minutos, mexendo sempre, ou até que a taioba esteja macia. A taioba se destaca pelo seu baixo valor calórico, já que em 40grs (2 colheres de sopa) apresenta apenas 16,8 calorias.

A Taioba em outros tempos, já foi um alimento muito presente nas refeições diárias do brasileiro, no período colonial era consumida juntamente com o quiabo e a couve. Atualmente, seu consumo está concentrado nos estados do sudeste e centro-oeste. Por se desenvolver mais facilmente em climas quentes e úmidos, sendo originária da América Tropical e Equatorial, é um vegetal que produz um rizoma central grande e outros laterais mais estreitos e alongados, com até 20 cm de comprimento, tendo um pseudocaule formado pela bainha das folhas, que são largas e grandes, podendo atingir cerca de 1 metro de altura.

É importante saber identificar a taioba comestível, ela tem um talo verde que sai da parte superior das folhas e suas folhas tem uma linha circundando a folha toda. As que têm o talo roxo ou se o talo se iniciar no meio da folha, são as taiobas usadas em paisagismo, e não são comestíveis. Pode ser cultivado em sol pleno ou meia-sombra, em solo leve e fértil, enriquecido com matéria orgânica, de preferência em solo úmido. Por estes motivos é uma excelente planta palustre no paisagismo de lagos e riachos.

Ela também é conhecida como: orelha-de-elefante, macabo, mangarás, mangará-mirim, mangareto, mangarito, taiá e yutia. Seu nome científico é Xantosoma sagittifolium e ela pertence à família das Aráceas.

Silvia Hermida – Bióloga e Produtora Rural

Fonte: Kinupp, V.F. “Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC) no Brasil.

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