A Polícia Civil do Paraná vai indiciar a família Brittes pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa.
O delegado que investiga o crime afirmou, nesta terça-feira (6), que vai indiciar Edison Brittes, a filha dele, Allana, e a mulher, Cristiana, por homicídio qualificado. Segundo ele, a família está mentindo e ameaçou testemunhas.
“Eles começaram mentindo, começaram inventando uma história. Como eu disse para vocês, logo após descoberta a autoria, através de testemunhas, eles mudaram a versão. Eles tentaram modificar toda a primeira história numa fraude processual inconteste, numa coação de testemunhas”, diz o delegado Amadeu Trevisan.
Antes de ser preso, Edison Brittes disse que matou Daniel porque o jogador tentou estuprar Cristiana e que arrombou a porta depois de ouvir gritos de socorro da mulher. Foi o mesmo que Cristiana declarou em depoimento.
Nesta terça-feira, a polícia ouviu outras quatro testemunhas e, segundo o advogado delas, apresentaram uma versão diferente do que contou a família Brittes. “As testemunhas não ouviram. Não ouviram pedido de socorro da Cristiana. Elas ouviram, sim, pedidos de socorro do Daniel. E a porta, eles não viram arrombamento nenhum na porta. Não existe nenhum tipo de arrombamento na porta”, afirma Ricardo Dewis.
Segundo a polícia, as testemunhas que prestaram depoimento nesta terça-feira não são suspeitas de participar da agressão e da morte de Daniel, mas são consideradas essenciais para ajudar a polícia a desvendar o que houve naquela festa.
De acordo com o delegado, outras três pessoas que teriam participado do crime também vão ser indiciadas.
Agora há pouco, o delegado Amadeu Trevisan declarou que, depois de ouvir os depoimentos desta terça, não acredita ter havido tentativa de estupro. O advogado da família Brittes disse que só vai se manifestar depois do depoimento do empresário Édison Brittes.