A Polícia Civil procura o dono de uma clínica suspeito de manter pacientes que são dependentes químicos em condições degradantes em São Roque (SP). Em um ano, 14 locais semelhantes foram fechados na cidade do interior de São Paulo.
Todas as clínicas funcionavam sem alvará, em péssimas condições de higiene e, na maioria dos casos, os pacientes eram vítimas de maus-tratos.
A clínica clandestina funcionava na zona rural de São Roque e tinha 23 pacientes, entre eles pessoas com dependência química e problemas mentais.
A maioria não sabe dizer de onde veio e, entre os internos, está um adolescente de 14 anos.
“O local não caracteriza nenhum tipo de estabelecimento de saúde. A gente até encontrou em algumas salas medicação injetável e controlada, que eles provavelmente deviam ministrar, mas sem nenhum responsável”, afirma a chefe de divisão de saúde, Daniela Dias Groke.
A clínica foi fechada pela Vigilância Sanitária e pelo Ministério Público. O dono é suspeito de maus-tratos, já que matinha os pacientes dormindo em colchões no chão e sem mesas para refeições.