Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado um aumento significativo nos preços dos alimentos, impactando de forma mais acentuada as famílias de baixa renda. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que, para famílias com renda mensal abaixo de R$ 2.105,99, a inflação acumulada em 12 meses subiu de 4,34% em setembro para 4,99% em outubro de 2024. Esse aumento reflete o peso considerável dos alimentos no orçamento dessas famílias, que destinam cerca de 25% de seus gastos à alimentação.
Produtos essenciais, como carnes, aves, ovos, óleo de soja e café, registraram aumentos significativos, pressionando ainda mais o orçamento das famílias vulneráveis. Enquanto isso, itens como cereais, tubérculos e laticínios apresentaram deflações, mas não o suficiente para compensar as altas nos demais produtos.
A inflação anual encerrou 2024 em 4,83%, acima da meta estabelecida, o que levou o Banco Central a adotar medidas para conter a alta dos preços. Cerca de 45% dos brasileiros esperam reduzir suas compras nos próximos seis meses, refletindo a preocupação com o poder de compra.
Dicas Práticas para Economizar e Manter o Orçamento em Dia
Diante desse cenário, é fundamental que os consumidores adotem estratégias para gerenciar melhor seus recursos:
- Planejamento Financeiro: Elabore um orçamento detalhado, identificando todas as fontes de renda e despesas. Isso ajuda a visualizar onde é possível economizar.
- Pesquisa de Preços: Antes de realizar compras, compare os preços em diferentes estabelecimentos e aproveite promoções.
- Substituição de Alimentos: Opte por alimentos que estejam com preços mais acessíveis, substituindo itens mais caros por alternativas nutritivas e econômicas.
- Redução de Desperdício: Aproveite integralmente os alimentos, utilizando cascas, talos e folhas em receitas, e armazene os alimentos de forma adequada para prolongar sua durabilidade.
- Consumo Consciente de Energia: Reduza o consumo de energia elétrica, desligando aparelhos que não estão em uso e optando por eletrodomésticos mais eficientes, para diminuir os gastos com energia.
Adotar essas práticas pode auxiliar as famílias a enfrentarem os desafios impostos pela alta dos preços dos alimentos, garantindo uma melhor gestão do orçamento doméstico e contribuindo para a segurança alimentar.
