Israel iniciou uma pausa diária nas ações militares em Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária, após forte pressão internacional e denúncias de “fome em massa” entre os palestinos. A medida, que inclui a criação de corredores humanitários, viabilizou a entrada de dezenas de caminhões com alimentos e suprimentos essenciais pela fronteira com o Egito, na passagem de Rafah.

Nos últimos dias, o Crescente Vermelho Egípcio enviou mais de 130 caminhões com cerca de 1.500 toneladas de alimentos e itens de higiene para o território. Segundo a ONU e organizações humanitárias, a situação em Gaza atingiu níveis extremos, com relatos de mortes por desnutrição, inclusive de crianças.
A pausa militar está prevista para ocorrer diariamente entre 10h e 20h (horário local), com rotas seguras para distribuição de mantimentos em regiões como Al-Mawasi, Deir al-Balah e Cidade de Gaza. No entanto, o governo de Israel alega que a restrição no envio de ajuda visa evitar que suprimentos cheguem ao Hamas, enquanto responsabiliza a ONU por falhas logísticas.
Desde o início do conflito, em outubro de 2023, quase 60 mil palestinos foram mortos em Gaza, a maioria civis, segundo autoridades locais. A ONU classifica a situação atual como um “show de horrores”, e mais de 100 ONGs apontam a ocorrência de fome em larga escala na região.
Com informações do g1.