Trump e Putin voltam ao centro das tensões globais, com sinais de que as relações entre Washington e Moscou podem estar à beira de um novo impasse.
Nos últimos dias, Donald Trump intensificou a pressão sobre a Rússia com ameaças de novas sanções, tarifas de importação elevadas contra aliados de Moscou e até movimentação de submarinos nucleares próximos ao território russo. Entre as medidas, está uma tarifa extra de 25% sobre a Índia por manter comércio de petróleo com os russos.
Ao mesmo tempo, o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, esteve em Moscou, levantando especulações sobre um possível acordo de cessar-fogo na guerra da Ucrânia. A proposta mais polêmica envolveria a cessão de regiões estratégicas de Donetsk e Luhansk à Rússia, em troca de uma trégua. A ideia gerou forte reação de Kiev e aliados europeus, que veem risco de enfraquecer a soberania ucraniana e premiar a ofensiva russa.
A próxima cúpula, marcada para o Alasca, é vista como um momento-chave. Para Putin, o encontro oferece a chance de consolidar ganhos territoriais sem ampliar combates. Para Trump, a reunião pode ser um teste de sua estratégia diplomática, agora sob pressão interna e externa. Com a Índia e a China observando de perto, e a Europa em alerta, o resultado dessas negociações poderá redefinir o equilíbrio de forças no conflito ucraniano e nas relações internacionais.
Esse cenário exige atenção porque, caso um acordo pró-Moscou avance, poderá mudar o rumo da guerra e influenciar diretamente o papel dos EUA como mediador global.