A chuva de meteoros Orionídeas atingiu seu pico na madrugada desta quarta-feira (22), mas o espetáculo celeste ainda poderá ser visto por mais alguns dias em várias regiões do Brasil. O fenômeno, que ocorre todos os anos em outubro, é resultado da passagem da Terra por fragmentos deixados pelo cometa Halley, um dos mais famosos da história astronômica.
📸 O astrônomo amador Renato Poltronieri registrou a passagem dos meteoros no interior de São Paulo, mostrando o brilho impressionante dos detritos que queimam ao entrar na atmosfera.
As Orionídeas são conhecidas por sua intensa atividade luminosa, com estimativas de 10 a 20 meteoros por hora, podendo incluir bolas de fogo — meteoros tão brilhantes quanto o planeta Vênus.
Para quem deseja observar, o melhor horário é entre a meia-noite e o amanhecer, olhando para o leste, onde está localizada a constelação de Órion, facilmente identificada pelas três estrelas alinhadas do seu cinturão. O radiante da chuva — ponto de origem aparente dos meteoros — fica próximo à estrela Betelgeuse, uma das mais brilhantes do céu.
As condições neste ano são especialmente favoráveis: a Lua Nova, com apenas 2% de iluminação, deixa o céu escuro e ideal para observações a olho nu. Locais afastados das cidades, com pouca poluição luminosa, como campos e áreas rurais, garantem uma visão ainda mais nítida do espetáculo.
🔭 Dicas para aproveitar melhor:
- Horário ideal: da meia-noite até o amanhecer (22 e 23 de outubro);
- Direção: olhar para o leste, em direção à constelação de Órion;
- Equipamento: apenas os olhos — binóculos e telescópios limitam o campo de visão;
- Adaptação: aguarde 15 a 20 minutos no escuro para melhor percepção.
O cometa Halley, que completa uma órbita ao redor do Sol a cada 76 anos, será visível novamente apenas em 2061. Até lá, os rastros que ele deixa no espaço continuam proporcionando espetáculos como as Orionídeas e as Eta Aquáridas, observadas em maio.