O melhor da festa é se preparar para a festa. O são-roquense sabe disso principalmente quando se trata do maior evento da cidade. As Festas de Agosto se aproximam e para que a extensa programação possa ser cumprida a Entrada dos Carros de Lenha será dia 30 de julho. A Festa de São Roque é tão aguardada que fica a dúvida, calendário apertado ou ansiedade para que comece logo?
Ano a ano essa tradição se renova e o Arquivo Vivo resgata a festa de São Roque de 1923. Naquele tempo, eram nomeados os festeiros de São Roque e do Divino Espírito Santo regra que se manteve até 1968. Desde então passaram a ser indicados os festeiros de São Roque e de Nossa Senhora Assunção. A Festa do Divino mudou para o mês de maio.
Na edição do Jornal O Democrata de 5 de agosto de 1923, o festeiro Manuel Martins Villaça antecipava dois pontos da programação . “Como podem ver os leitores, o digno festeiro não poupa esforços para que o nosso milagroso padroeiro veja o seu dia condignamente festejado como nos anos anteriores”. Destacava a vinda do padre Luiz de Sant’Anna, superior dos capuchinhos de São Paulo, e a grande orquestra regida por Argeu Villaça que se apresentaria nas novenas acompanhada por quatorze gentis senhorinhas.
O maestro Epaminondas de Oliveira comemorava a compra do harmonium (harmônio), instrumento musical de teclas muito utilizado nas igrejas devido ao tamanho e ao elevado preço. Havia também dois tipos de promessas que podiam ser entregues diretamente ao padre ou festeiros. Era só definir a intenção. Em benefício do padroeiro ou da festa?
A Entrada dos Carros de Lenha chamava atenção por distribuir carne para os pobres, mas para evitar confusão era preciso retirar um cartão na casa do festeiro com uma semana de antecedência.
Vander Luiz