
No cenário contemporâneo, marcado pelo incessante culto ao sucesso material e à acumulação de bens, Angus Campbell fez uma pesquisa revelando que a sensação de controle sobre a própria vida é o verdadeiro farol de bem-estar. Mais do que a simples posse de riquezas ou o status social, é a autonomia e a liberdade de moldar nosso destino que realmente definem a felicidade.
Para Campbell, o melhor uso do dinheiro não está na simples aquisição de bens materiais, mas sim em sua capacidade de nos conceder controle sobre nosso próprio tempo. É através dessa liberdade e autonomia que encontramos a verdadeira essência da prosperidade. Em um mundo onde o tempo é um recurso cada vez mais escasso e valioso, o dinheiro se revela como uma ferramenta poderosa para garantir nossa independência.
Essa ideia ressoa em antigas reflexões, como as encontradas no Livro de Jó, onde se questiona “Acaso a sua riqueza, ou mesmo todos os seus grandes esforços, dariam a você apoio e alívio da aflição?”. A resposta sugerida é negativa, mas quando se trata de tranquilidade e liberdade, a resposta se torna afirmativa. Essa dicotomia entre posse material e verdadeira paz de espírito é central para a compreensão dos nossos propósitos.
O apóstolo Pedro também nos lembra da importância da liberdade: “Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus” e sua própria jornada rumo à liberdade financeira é exemplificada pelo milagre da pesca, que o permitiu quitar suas dívidas e alcançar uma vida de autonomia e serviço a Deus.
Viver com parcimônia e prudência financeira não é apenas uma questão de sabedoria individual, mas também uma lição que transcende gerações. É através do cuidadoso manejo de nossos recursos que garantimos não apenas nossa própria liberdade, mas também a liberdade e a segurança de nossos filhos e netos.
Rodrigo Boccato