A nova série da Netflix, Adolescência, tem conquistado rapidamente a audiência, sendo considerada o grande sucesso da plataforma na última semana. Lançada em 13 de março de 2024, a produção britânica narra a história de Jamie Miller, um garoto de 13 anos acusado de envolvimento em um crime perturbador. Com uma narrativa envolvente e filmagens em plano-sequência, Adolescência se tornou a série mais vista da semana, superando até The Electric State, o blockbuster de ficção científica produzido pelos irmãos Russo.

Com um orçamento modesto, Adolescência alcançou 24,3 milhões de visualizações, um número impressionante dado seu custo de produção. Em comparação, The Electric State, estrelado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt, gerou 25,2 milhões de visualizações, mas com um custo estimado de US$ 320 milhões, o que o torna o longa mais caro da história da Netflix. A produção enfrentou uma recepção crítica negativa, com apenas 14% de aprovação no Rotten Tomatoes, o que reflete seu desempenho abaixo das expectativas.
Este contraste evidencia uma tendência crescente na Netflix: produções de alto orçamento nem sempre garantem o sucesso desejado. Filmes como Bird Box e O Resgate demonstraram que uma boa história pode superar a falta de efeitos especiais exuberantes e grandes estrelas, alcançando números de audiência impressionantes com orçamentos bem menores.
A recepção morna de The Electric State coloca mais pressão sobre a plataforma, que já tem enfrentado dificuldades para equilibrar altos investimentos com o retorno esperado. A Netflix precisa refletir sobre essa equação, aprendendo com o sucesso de produções mais simples como Adolescência, onde a narrativa e a inovação marcaram mais presença do que o tamanho do orçamento.
Com isso, Adolescência emerge como a prova de que, no universo do streaming, uma boa história pode ser o principal ingrediente para o sucesso, enquanto grandes investimentos em efeitos visuais e estrelas de Hollywood nem sempre garantem a popularidade.