Campanhas eleitorais de Niltinho Bastos: “Política é uma coisa; amizade é outra” | O Democrata

São Roque lamenta a morte do vereador Niltinho Bastos, 60 anos, na noite de domingo (1º de setembro) depois de lutar por mais de 8 anos contra um câncer de pulmão. Um guerreiro que nunca se deu por vencido. Pessoa das mais queridas da cidade deixa um vazio nos meios políticos e sociais. O velório ocorreu na segunda-feira, na casa da Família Dias Bastos (Rua Rui Barbosa, 277), e no final da tarde o corpo seguiu para o crematório de Vargem Grande Paulista.

Em 1996, Niltinho publicou no Jornal O Democrata o apoio de amigos e a mensagem especial da esposa Marta Villaça Bastos. “Por ser essa pessoa tão querida, por confiar em tudo e em todos, por ter um coração imenso é que a princípio fui contra o ingresso na política. Porém, entendi que pessoas como ele também podem e devem existir na vida pública”. Niltinho (PPB) eleito com a maior votação (739) entre os 17 eleitos.

Na última aparição em público, em 14 de agosto, Niltinho foi homenageado pela Câmara Municipal com o título de cidadão são-roquense. Apesar da profunda ligação com São Roque, Niltinho nasceu em São Paulo, apenas nasceu no Hospital do Servidor Público na capital paulista. Debilitado e na cadeira de rodas abriu o emocionado discurso. “Política é uma coisa, amizade é outra. Nós temos sempre que separar as questões institucionais das questões pessoais. Isto é visto hoje na homenagem que recebo, em um ano eleitoral, com a assinatura de todos os vereadores. É um orgulho muito grande.”

O Arquivo Vivo do Jornal O Democrata resgata campanhas eleitorais de Niltinho Bastos. Eleito vereador para quatro mandatos, sempre na condição de mais bem votado, e presidente da Câmara Municipal em quatro oportunidades (2001 / 2003 / 2017 / 2018).

Na primeira eleição em 1996, recebeu 739 votos. Reelegeu-se, em 2000, com 1.720 votos. Em 2004, candidatou-se a prefeito e terminou a disputa em segundo lugar. Em 2008, apesar dos 906 votos e da décima segunda colocação no geral, não retornou à Câmara Municipal porque o número de cadeiras foi reduzido para 9, mesmo assim teve mais votos que os eleitos Donizete Carteiro e Rafael Marreiro eleitos pelo quociente eleitoral.

Em 2012, candidatou-se a vice-prefeito de Marquinho Chula, na eleição vencida por Daniel da Padaria. Em 2016, o retorno ao legislativo com 1812 votos, novamente o mais bem votado com 4,46% do eleitorado. Em 2020, reeleito com a maior votação (1.514 votos, 3,93%) para o cargo de vereador que ocupou até o falecimento, sendo substituí­­do pelo terceiro suplente Alacir Raysel (209 votos). Os dois primeiros suplentes Nildo Ortino (611) e Adegilson José Alves/Palmeirense (224) deixaram o Partido Progressista (PP).

Vander Luiz

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