A Igreja Católica tem um novo Papa. Nesta quinta-feira, 8 de maio, por volta das 14h (horário local), a Praça da Sé, no Vaticano, testemunhou a tradicional fumaça branca anunciar ao mundo a eleição de Leão XIV, nome escolhido por Robert Francis Prevost Martínez, nascido em Chicago, Estados Unidos, em 14 de setembro de 1955.

Religioso da Ordem de Santo Agostinho, o novo Pontífice é Bispo Emérito de Chiclayo, no Peru, e até então exercia a função de Prefeito do Dicastério para os Bispos, na Cúria Romana. A escolha de seu nome papal remete diretamente a Leão XIII, o Papa da Doutrina Social da Igreja, autor da encíclica Rerum Novarum, publicada em 1891, marco histórico do pensamento social católico.
O simbolismo da escolha não passou despercebido entre os observadores do Vaticano. Ao invocar Leão XIII, Leão XIV parece sinalizar um pontificado voltado às grandes questões sociais do mundo contemporâneo, sem abrir mão da profundidade teológica e do rigor doutrinário. O novo Papa, de formação agostiniana, traz consigo a tradição do pensamento cristão centrado na busca pela verdade e na justiça social — pilares também presentes no legado de São Tomás de Aquino, cuja valorização foi incentivada por Leão XIII.
Com raízes pastorais na América Latina e sólida atuação na administração eclesiástica, Leão XIV deverá conduzir a Igreja com especial atenção à defesa das verdades da fé e ao fortalecimento do papel da Igreja frente aos desafios sociais e espirituais da atualidade.
A eleição de Prevost ocorre em um momento de transformações culturais, políticas e espirituais, em que o mundo observa com atenção os próximos passos do novo Pontífice. Seu pontificado começa sob grande expectativa, especialmente por aqueles que veem na Doutrina Social da Igreja um caminho possível para a renovação do compromisso cristão com os mais pobres e com a dignidade humana.