CFM cassa registro médico de Leandro Boldrini após condenação pela morte do filho – O Democrata

Na última sexta-feira (14), o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu cassar o registro médico de Leandro Boldrini, condenado em março de 2023 pelo assassinato de seu filho Bernardo, de 11 anos. A medida foi tomada após uma análise do comportamento do médico, que violou o Código de Ética da profissão.

Foto: Reprodução

Decisão Impacta Carreira Médica de Boldrini

Após o veredito do CFM, Boldrini foi imediatamente desligado do programa de residência médica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). O médico, que havia sido aprovado para a bolsa em março do ano passado, atuava na área de Cirurgia do Trauma.

A decisão, assinada pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, afirmou que Boldrini infringiu os artigos 25 e 30 do Código de Ética Médica. Esses artigos determinam que profissionais de saúde devem denunciar casos de tortura e não podem usar a medicina para cometer ou facilitar crimes. O CFM, portanto, considerou que o comportamento do médico foi incompatível com os princípios da profissão.

Recurso do Ministério Público e Julgamento do Cremers

O julgamento do CFM contrasta com a decisão tomada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), que, em novembro de 2023, absolveu Boldrini de um processo disciplinar interno. Essa decisão foi unânime, permitindo que o médico continuasse exercendo a profissão. Contudo, o Ministério Público recorreu dessa decisão, solicitando ao CFM que fosse incluído no processo, o que resultou na cassação do registro.

O Crime e a Condenação de Leandro Boldrini

Leandro Boldrini foi condenado pelo assassinato de seu filho Bernardo em abril de 2014. O garoto foi envenenado com um sedativo receitado pelo próprio pai. A promotoria apontou que o crime foi motivado pela herança deixada pela mãe de Bernardo, que faleceu em 2010, além do fato de que Boldrini e a madrasta do menino, Graciele Ugulini, o viam como um obstáculo para o relacionamento deles.

O caso chocou a comunidade de Três Passos, onde a família morava, devido aos maus-tratos sofridos pela criança. Boldrini, juntamente com Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz (amiga de Graciele) e Evandro Wirganovicz (irmão de Edelvânia), foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Em março de 2023, a pena de Boldrini foi fixada em 31 anos e 8 meses de prisão, sendo cumprida em regime semi-aberto.

Conclusão

A cassação do registro médico de Leandro Boldrini e sua demissão do Hospital Universitário de Santa Maria representam uma série de consequências decorrentes da gravidade do crime pelo qual foi condenado. Além disso, refletem a postura firme do Conselho Federal de Medicina em relação à conduta de seus profissionais e à importância do respeito aos princípios éticos da medicina.

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